A cantora adolescente inglesa Joss Stone, 19, mostra sua alma pop em "Introducing", seu terceiro disco

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Apresentando Joss Stone. Ironia ou não, a verdade é que foi assim que essa cantora adolescente inglesa batizou seu terceiro disco, "Introducing Joss Stone", que acaba chegar às lojas daqui.
O nome justifica as recentes declarações da artista. Joss afirmou em diversas entrevistas que esse é o álbum que realmente a representa, desmerecendo assim seus dois primeiros trabalhos -"The Soul Sessions" (2003) e "Mind, Body & Soul" (2004)- e por conseqüência os milhões de fãs que veneram esses trabalhos.
Talvez o fato de ter abandonado a linha principal de sua carreira -explorar as raízes da black music- para se arriscar em estilos mais populares -como o r&b americano- pode explicar, em parte, a pálida aceitação de "Introducing" pela crítica internacional especializada.
Pediram resenhas do disco para críticos que não apreciam a música pop e só valorizam soul e jazz. E eles não entenderam que, no lugar de big bands, Joss explorou batidas eletrônicas. Nem que ela provavelmente estivesse atrás de uma sonoridade mais atual e bem mais condizente com seus 19 anos.
Se esse era mesmo o objetivo dela, missão cumprida: "Introducing" traz faixas muito boas para dançar, como a animada "Tell Me 'bout It", letras que derramam sentimento, como "What Were We Thinking", e canções apaixonadas, como a bela "Baby Baby Baby".
Joss se mostra, assim, mais alinhada com a música de outras cantoras novas, como Amy Winehouse e Corinne Bailey Ray -cada uma com a própria voz marcante, mas que agradam aos mesmos ouvintes.
Certo mesmo é que esse não será o disco que deixará a marca de Joss cravada na música pop internacional. Mas o tempo está totalmente do lado dela, e o seu futuro, só começando.

INTRODUCING JOSS STONE
Joss Stone
www.jossstone.com


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