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música
A rainha do iê, iê, iês
Vocalista do
Yeah Yeah Yeahs se torna referência no rock feminino e pára de gritar no segundo CD do trio
LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL
A banda de Karen O
nasceu gritando, como todos nós. Mas
ela cresceu, e a antes
princesa do underground passou a ser nova rainha do rock feminino com o
lançamento de "Show Your Bones", segundo CD do trio nova-iorquino Yeah Yeah Yeahs.
No intervalo de três anos entre a estréia elogiadíssima em
"Fever to Tell" e agora, o grupo
desacelerou um monte e chegou a um disco mais pop, ou seja, mais aceitável pelo ouvinte
médio, que espera músicas para cantar junto.
Nesse disco novo, o Yeah
Yeah Yeahs descobriu o pós-punk inglês dos anos 80, quando conviviam góticos e guitar
bands, como Ride, My Bloody
Valentine (que é irlandesa) e
Jesus and Mary Chain, gente
que carregava nas distorções do
som da guitarra.
Injetou também no seu rock
a barulheira desorganizada das
americanas pré-grunge, como
Dinosaur Jr. e Buthole Surfers.
O trio corre agora o risco de
ser chamado de vendido, principalmente por ter mudado o
sentido musical de sua carreira.
Mas o desafio de todo artista
deve ser -ou, pelo menos, deveria- fazer discos diferentes
dos anteriores. E a banda seguiu a escolha de se tornar mais
audível. Menos irritante para
alguns, mais para outros.
SHOW YOUR BONES
Yeah Yeah Yeahs
www.yeahyeahyeahs.com
Ouça: "Way Out"
Isto é Yeah Yeah Yeahs
História: trio formado na vizinhança descolada de Williamsburg, no Brooklyn (NY), por Karen O (vocalista) e Nick Zinner (guitarrista), que eram do Unitard, e pelo baterista Brian Chase
Discos: "Yeah Yeah Yeahs" (EP, 2001); "Fever to Tell" (2003); e "Show Your Bones" (2006)
Amigos: The Strokes, White Stripes, Liars e as "Quero-ser-Karen O", tietes de Karen que imitam suas meias rasgadas e os vestidos feitos em casa; já Nick é "o melhor gutarrista do mundo", segundo Marilyn Manson
Inimiga: Courtney Love (em um festival de música no Texas, Karen derrubou seu prato de salada de batatas e maionese na ex-Kurt Cobain, acidentalmente)
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