São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 2002

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TECNO

Dinheiro eletrônico promete acabar com a falta de troco; só promete

MARCELO GRIMBERG
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Como a ficha telefônica, as moedinhas estão indo para o beleléu, e não é (só) porque o real está perdendo o valor. Na França, já é realidade o Moneo (www.moneo.net, pronuncia-se "moneô"), um dinheiro eletrônico com cara de cartão telefônico.
A idéia é substituir o dinheiro em espécie em compras de pequeno porte. Isto é, quando (se) algo parecido acontecer no Brasil, você não precisará mais desistir de comprar o picolé de R$ 0,90 porque o seu Manuel não tem troco para R$ 10. Bastará usar esse "megacofrinho", diferente de um cartão de banco por ser recarregável e não exigir senha.
O Moneo está em fase de testes em algumas cidades da terra de Zidane, mas tem sido tão bem assimilado que já se planeja o seu uso por todo o país até o fim de 2003. Com carga máxima de 100 (cerca de R$ 300), é utilizado em compras de até 30.
Se for bem-sucedido, acabará com o papel-moeda e, com ele, com os dias de "cara ou coroa" e de centavos perdidos embaixo do sofá.
Mas, convenhamos, ele será apenas mais uma opção. Afinal, ainda há o mercado informal e o empréstimo entre amigos, por exemplo, totalmente dependentes de dinheiro vivo. Para piorar, esse futuro exigiria o fim da clonagem de cartões -perigo ainda constante.
E o "não tem trocado?" sobrevive.
E-mail - walabibi@uol.com.br



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