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MÚSICA
Não para! não para!
"Bicho" do Paramore conta que vocalista luta para recobrar a voz na turnê do novo CD
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto caras de 19 anos
raspam o cabelo por ter
passado no vestibular,
Taylor York tosou a cabeleira
cacheada ao entrar para o Paramore, há quatro meses e meio.
York já tocava com a banda
desde 2007. Foi "efetivado" no
trampo em meio a uma briga
que quase dissolveu o grupo.
Mas que foi resolvida e redundou em "Brand New Eyes", seu
terceiro CD de estúdio.
O pedido de "casamento"
com a banda "indie" rolou numa festa surpresa que os irmãos Zac (bateria) e o Josh
Farro (guitarra) agitaram em
um boliche -que ele diz ser a
noitada mais pesada que fazem.
O "bicho" do Paramore contou por telefone ao Folhateen
como a banda agora se equilibra na voz da vocalista, Hayley
Williams, e como é entrar em
um dos bondes musicais mais
bem-sucedidos dos últimos
anos. E sentar na janelinha.
(CHICO FELITTI)
FOLHA - Como você está?
TAYLOR YORK - Começando a gripar. Acontece quando se fica
tempo demais na estrada.
FOLHA - Acontece também de perder a voz, como a vocal Hayley Williams narra no Twitter?
YORK- É... A gente tocou na Califórnia no começo da turnê e
ela perdeu a voz. Completamente. Ela então teve que ir para um retiro de voz, enquanto
os caras tiveram de ficar em casa por uma semana. Ela estava
com laringite e agora está se
cuidando muito, dormindo cedo e se alimentando direito. A
voz voltou. Tá voltando.
FOLHA - Antes de gravar o CD novo, a banda passou por uma crise e
quase se dissolveu. A afonia da Hayley põe vocês em risco de novo?
YORK- Não põe.
FOLHA - A vida mudou desde que
entrou oficialmente para a banda?
YORK- Minha vida não mudou
muito, não. Só tenho mais trabalho para fazer.
FOLHA - E a grana?
YORK- [Ganho] Um pouquinho mais. É engraçado, você
entra numa banda e não ganha
tanto quanto imaginava...
FOLHA - Vocês saem muito à noite?
YORK- Nenhum de nós é festeiro. A gente é tudo gente chata.
Durante as turnês, ficamos
sentados no ônibus, cada um
com seu computador no colo.
Quando chegamos em casa, ficamos com os amigos e namorados. Sou o único que não tem
um "alguém para amar".
FOLHA - Qual é a da borboleta despedaçada na capa do CD?
YORK- A Hayley tem uma borboleta alfinetada em uma parede do seu quarto, e há uma letra
que fala sobre "arrancar asas de
uma borboleta".
FOLHA - Já escreveu alguma música com a Hayley e com o Josh?
YORK- Eu escrevi pelo menos
uma música para cada um dos
[três] álbuns da banda. Geralmente, eram os lados B, que
não faziam sucesso. Nesse álbum ["Brand New Eyes"], já foram quatro canções.
FOLHA - Como é escrever com eles?
YORK- Tenho que estar no lugar certo na hora certa. Eles são
uma dupla, o Josh faz a música
e a Hayley faz as letras. Tive que
entrar no esquema deles.
FOLHA - A banda entrou na trilha
sonora de "Crepúsculo", mas não de
"Lua Nova". Por quê?
YORK- Foi maravilhoso participar da trilha de "Crepúsculo".
A Hayley ama esses livros e a
gente não sabia o quanto isso ia
influenciar na carreira da banda. E influenciou muito. Agora,
tem gente que, toda a vez que
pensa em Paramore, pensa em
vampiros. Queríamos fugir um
pouco dessa pecha. Por isso, ficamos de fora.
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