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Álvaro Pereira Júnior - cby2K@uol.com.br
A hora e a vez da música brasileira
Recebi tempos atrás e-mail convidando a eleger as
20 melhores canções brasileiras de todos os tempos para a revista "Rolling Stone". Agradeci, disse
que não era minha praia, indiquei dois colegas feras no
assunto e... passei as duas semanas seguinte montando
mentalmente minha relação. Não contei antes para não
"furar" a "RS", tão gentil de me chamar.
Agora, com a revista nas bancas, escancaro dez de minhas preferências -idiossincráticas, com fator geracional
a mil graus. Lista sem samba choroso, sem rock dos anos
80/90, sem "indies" sambistas. Desculpe -ela é minha.
1) "Sangue Latino", com Secos e Molhados, 1973 - Acaba de repente. Ou talvez ainda não tenha acabado:
is.gd/4wSrG .
2) "Capítulo 4, Versículo 3", com Racionais MC's,
1998. Todo o poder de síntese da língua das ruas. Perfeita: is.gd/4wSbQ .
3) "A Última Sessão de Música", com Milton Nascimento, 1973. Sem usar palavras, traz a tristeza infinita
da noite e da música como profissão.
4) "Baby", com Gal Costa, 1969. Arranjo e letra ainda
modernos: is.gd/4wUeH .
5) "Atrás da Porta", com Chico Buarque, 1972. Não à
versão de Elis, falsa e piegas. "The saddest goodbye song
ever", diria um gringo: is.gd/4wSz5 .
6) "Clube da Esquina Nº2", com Milton Nascimento e
Lô Borges, 1978. "Porque se chamava moço/ Também
se chamava estrada": is.gd/4wTxz .
7) "Jardim Elétrico", com Mutantes, 1971. Com um
nome desses, nem precisava de música: is.gd/4wWos .
8) "Janelas Abertas Nº2", com Chico Buarque, 1972.
De Caetano Veloso. Entre o fado e o tango, o desespero
terminal: is.gd/4wTTH .
9) "Londrina", com Tetê Espíndola, 1981. Arrigo Barnabé + Alban Berg + valsa + terra vermelha.
10) "Noite do Prazer", com Brylho, 1983. Rhythm and
blues brasileiro, se é que é possível: is.gd/4wS8d .
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E não há problema: is.gd/4xPFA.
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