São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Galã-cantor Jared Leto vai "apagar" John Lennon no cinema

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ele já roubou o aparelho de TV da mãe para comprar heroína, em "Réquiem para um Sonho", ameaçou de morte Jodie Foster e sua filha, em "O Quarto do Pânico", e agora está prestes a assassinar ninguém menos que John Lennon. O galã-cantor americano Jared Leto, 35, conversou com o Folhateen na semana passada, por telefone, de Bruxelas (Bélgica), após passar pelo Japão com a turnê de sua banda, 30 Seconds to Mars.
De lá, entre outras coisas ele falou sobre a dificuldade de fazer o papel de Mark Chapman, assassino do ex-Beatles John Lennon, no filme "Chapter 27" (capítulo 27), ainda sem data de estréia nos EUA.  

FOLHA - Você acabou de filmar "Chapter 27", filme em que faz o papel principal, de Mark Chapman, homem que matou John Lennon. Como foi viver esse assassino?
JARED LETO
- O filme ainda não está finalizado, então é melhor deixar essa conversa para o futuro. Mas posso dizer que foi um papel que me desafiou muito, que exigiu muito de mim. Tive de ganhar um monte de peso. Foi também um ótimo trabalho para eu explorar o lado mau da natureza humana.

FOLHA - Você é magro. Como foi essa dieta para ganhar peso?
JARED
- Comi tudo aquilo que você sabe que não deve comer. Não foi nada divertido. Foi muito doloroso e péssimo para a minha saúde, mas era muito importante para o papel.

FOLHA - Quando você percebeu que queria seguir carreira artística?
JARED
- Eu tinha uns 19, 20 anos e já fazia música há muito tempo. Estava estudando cinema, artes, talvez para ser um pintor ou um artista visual.

FOLHA - Você atuou em filmes descolados, como "Réquiem para um Sonho" e "Clube da Luta". Como você escolhe seus papéis no cinema?
JARED
- Geralmente os estúdios, os diretores ou os roteiristas me chamam. Gosto de papéis que vão me trazer desafios e de projetos que tenham diretores que eu respeite. Os dois elementos juntos me atraem.

FOLHA - Seu sucesso como ator ajudou a atrair fãs para a sua banda?
JARED
- Acho que ambas as carreiras se ajudam e criam jeitos de eu aprender muito com elas. Tive sorte e sou muito agradecido por ter me dado bem tanto no cinema quanto na música.

FOLHA - Muitos dizem que é fácil fazer sucesso com uma banda quando se é ator famoso em Hollywood. O que você diria sobre isso?
JARED
- Diria que há coisas mais difíceis que isso na vida, como viver em um país sem comida, um desafio bem maior do que qualquer um que eu já tenha passado. No final, fazer arte não é grande coisa. E reconheço que desmerecer alguém é bem simples. Mas eu já fiz muitas coisas e acabei reconhecido. Foi tudo muito fácil.


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