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Galã-cantor Jared Leto vai "apagar" John Lennon no cinema
LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele já roubou o aparelho de TV da mãe
para comprar heroína, em "Réquiem
para um Sonho",
ameaçou de morte Jodie Foster
e sua filha, em "O Quarto do Pânico", e agora está prestes a assassinar ninguém menos que
John Lennon. O galã-cantor
americano Jared Leto, 35, conversou com o Folhateen na semana passada, por telefone, de
Bruxelas (Bélgica), após passar
pelo Japão com a turnê de sua
banda, 30 Seconds to Mars.
De lá, entre outras coisas ele
falou sobre a dificuldade de fazer o papel de Mark Chapman,
assassino do ex-Beatles John
Lennon, no filme "Chapter 27"
(capítulo 27), ainda sem data
de estréia nos EUA.
FOLHA - Você acabou de filmar
"Chapter 27", filme em que faz o papel principal, de Mark Chapman, homem que matou John Lennon. Como foi viver esse assassino?
JARED LETO - O filme ainda não
está finalizado, então é melhor
deixar essa conversa para o futuro. Mas posso dizer que foi
um papel que me desafiou muito, que exigiu muito de mim.
Tive de ganhar um monte de
peso. Foi também um ótimo
trabalho para eu explorar o lado mau da natureza humana.
FOLHA - Você é magro. Como foi
essa dieta para ganhar peso?
JARED - Comi tudo aquilo que
você sabe que não deve comer.
Não foi nada divertido. Foi
muito doloroso e péssimo para
a minha saúde, mas era muito
importante para o papel.
FOLHA - Quando você percebeu
que queria seguir carreira artística?
JARED - Eu tinha uns 19, 20
anos e já fazia música há muito
tempo. Estava estudando cinema, artes, talvez para ser um
pintor ou um artista visual.
FOLHA - Você atuou em filmes descolados, como "Réquiem para um
Sonho" e "Clube da Luta". Como você escolhe seus papéis no cinema?
JARED - Geralmente os estúdios, os diretores ou os roteiristas me chamam. Gosto de papéis que vão me trazer desafios
e de projetos que tenham diretores que eu respeite. Os dois
elementos juntos me atraem.
FOLHA - Seu sucesso como ator
ajudou a atrair fãs para a sua banda?
JARED - Acho que ambas as carreiras se ajudam e criam jeitos
de eu aprender muito com elas.
Tive sorte e sou muito agradecido por ter me dado bem tanto
no cinema quanto na música.
FOLHA - Muitos dizem que é fácil
fazer sucesso com uma banda quando se é ator famoso em Hollywood.
O que você diria sobre isso?
JARED - Diria que há coisas
mais difíceis que isso na vida,
como viver em um país sem comida, um desafio bem maior do
que qualquer um que eu já tenha passado. No final, fazer arte não é grande coisa. E reconheço que desmerecer alguém
é bem simples. Mas eu já fiz
muitas coisas e acabei reconhecido. Foi tudo muito fácil.
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