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São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2003

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X-Tudo: mutantes e as adaptações do mercado

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem sempre o mundo é justo, menos ainda com os fãs de quadrinhos. De que adiantou contar 987 dias entre a estréia dos mutantes nas telonas, em 18 de agosto de 2000, e a chegada de "X-Men 2", nesta quinta, se 2.500 pessoas vão assistir antes de você? Sem nem pegar fila...
Pois é, a Fox exibe hoje, em uma sessão fechadíssima, para "parceiros de peso", a continuação da saga dos heróis da Marvel dirigida por Bryan Singer. Que ninguém (ou pouca gente) ali saiba a diferença entre Wolverine e Noturno, Vampira e Tempestade, pouco importa.
A grife X-Men, que no primeiro filme arrecadou US$ 150 milhões só em bilheterias, é hoje sinônimo de lucro. O dito merchandising vai fazer com que se fale de X-Men como se discute uma final de campeonato. Todos vão querer ver o filme, ouvir a trilha, viajar no avião e usar o barbeador dos mutantes.
Será que alguém vai se lembrar de ler as revistas? Provavelmente. As "adaptações", que trazem os filmes de volta às páginas das HQs, têm vendido como pipoca nos EUA desde o sucesso do primeiro "X-Men". Por aqui, além da mensal "X-Men Extra", a Panini ataca em maio de "Adaptação Oficial do Filme", "Prelúdio do Filme", "Os Melhores Clássicos de X-Men: Jim Lee" e a republicação de "Deus Ama, o Homem Mata", de Chris Claremont, já lançada pela Abril como "Conflito de uma Raça". Sinais de adaptação a uma nova leva de leitores.

balao@folha.com.br


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