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X-Tudo: mutantes e as adaptações do mercado
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem sempre o mundo é justo, menos
ainda com os fãs de quadrinhos. De
que adiantou contar 987 dias entre a estréia dos mutantes nas telonas, em 18 de
agosto de 2000, e a chegada de "X-Men
2", nesta quinta, se 2.500 pessoas vão assistir antes de você? Sem nem pegar fila...
Pois é, a Fox exibe hoje, em uma sessão
fechadíssima, para "parceiros de peso", a
continuação da saga dos heróis da Marvel dirigida por Bryan Singer. Que ninguém (ou pouca gente) ali saiba a diferença entre Wolverine e Noturno, Vampira e Tempestade, pouco importa.
A grife X-Men, que no primeiro filme
arrecadou US$ 150 milhões só em bilheterias, é hoje sinônimo de lucro. O dito
merchandising vai fazer com que se fale
de X-Men como se discute uma final de
campeonato. Todos vão querer ver o filme, ouvir a trilha, viajar no avião e usar o barbeador dos mutantes.
Será que alguém vai se lembrar de ler as
revistas? Provavelmente. As "adaptações", que trazem os filmes de volta às
páginas das HQs, têm vendido como pipoca nos EUA desde o sucesso do primeiro "X-Men". Por aqui, além da mensal "X-Men Extra", a Panini ataca em
maio de "Adaptação Oficial do Filme",
"Prelúdio do Filme", "Os Melhores Clássicos de X-Men: Jim Lee" e a republicação de "Deus Ama, o Homem Mata", de
Chris Claremont, já lançada pela Abril
como "Conflito de uma Raça". Sinais de
adaptação a uma nova leva de leitores.
balao@folha.com.br
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