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Invasores podem ser punidos
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ter resultado na
aceitação de várias das reivindicações, o movimento de invasão de reitorias também poderá
ter conseqüências negativas
para alguns participantes. Na
PUC de São Paulo, por exemplo, nove alunos estão passando por um processo de sindicância que pretende apurar os
responsáveis pela invasão da
reitoria em novembro passado.
Eles já foram ouvidos individualmente por uma comissão
apuratória da instituição que
pode decidir por uma advertência, suspensão ou até pela expulsão de eventuais culpados.
André, 22, (nome fictício) é
um desses alunos. Além desse
processo interno, ele conta que
há um processo criminal na
Justiça, que ainda não entrou
na fase de inquéritos, contra os
mesmos estudantes.
Mesmo assim, ele acha que o
saldo foi positivo. "Gerou muita mobilização e debate. As pessoas tinham que se posicionar,
e isso é saudável", diz o estudante, que é veterano das invasões, pois, além da PUC, participou também da ocupação da
USP, onde também estuda.
"Recebi uma mensagem de um
amigo pelo celular dizendo que
a reitoria da USP tinha sido
ocupada. Corri para lá e fiquei
uns 20 dias acampado".
André não é ligado a nenhum
partido político, mas não tem
restrições à participação de estudantes que são filiados. "É
uma relação meio turbulenta
mas necessária", comenta.
Ciro Matsui Jr., 23, da medicina da USP, participou da ocupação e é filiado ao PSOL. Para
ele, houve uma certa rejeição
aos partidos políticos durante a
invasão da reitoria. "Tinha
muito preconceito", diz.
(LC)
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