São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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Invasores podem ser punidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ter resultado na aceitação de várias das reivindicações, o movimento de invasão de reitorias também poderá ter conseqüências negativas para alguns participantes. Na PUC de São Paulo, por exemplo, nove alunos estão passando por um processo de sindicância que pretende apurar os responsáveis pela invasão da reitoria em novembro passado.
Eles já foram ouvidos individualmente por uma comissão apuratória da instituição que pode decidir por uma advertência, suspensão ou até pela expulsão de eventuais culpados.
André, 22, (nome fictício) é um desses alunos. Além desse processo interno, ele conta que há um processo criminal na Justiça, que ainda não entrou na fase de inquéritos, contra os mesmos estudantes.
Mesmo assim, ele acha que o saldo foi positivo. "Gerou muita mobilização e debate. As pessoas tinham que se posicionar, e isso é saudável", diz o estudante, que é veterano das invasões, pois, além da PUC, participou também da ocupação da USP, onde também estuda. "Recebi uma mensagem de um amigo pelo celular dizendo que a reitoria da USP tinha sido ocupada. Corri para lá e fiquei uns 20 dias acampado".
André não é ligado a nenhum partido político, mas não tem restrições à participação de estudantes que são filiados. "É uma relação meio turbulenta mas necessária", comenta.
Ciro Matsui Jr., 23, da medicina da USP, participou da ocupação e é filiado ao PSOL. Para ele, houve uma certa rejeição aos partidos políticos durante a invasão da reitoria. "Tinha muito preconceito", diz. (LC)


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