São Paulo, segunda-feira, 28 de abril de 2008

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música

Cometa Hayley

Leia entrevista exclusiva com a adorada vocalista da mais nova sensação do rock americano, a banda Paramore

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Energética, divertida e honesta. É assim que Hayley Williams, vocalista do Paramore, define o som da banda pop punk que divide com os irmãos Zac e Josh Farro e com o baixista Jeremy Davis. Em entrevista por telefone ao Folhateen, a ruivinha do Tennessee falou de sua experiência no grupo, revelou qual é sua letra mais pessoal e contou por que se dá melhor com homens do que com mulheres. (LUANA VILLAC)

 

FOLHA - O que você tem escutado?
HAYLEY
- Nos últimos meses, tenho ouvido muito H2O. Para mim, não existe nenhuma banda punk hardcore como essa.

FOLHA - Quais são as principais influências do Paramore?
HAYLEY
- Se tivesse que escolher, citaria o Jimmy Eat World. Mas, na verdade, eu não acho que banda nenhuma tenha uma influência muito forte sobre nós. O modo como nos expressamos é muito diferente.

FOLHA - O que dá essa autenticidade ao som de vocês?
HAYLEY
- Nossa música sempre traz uma mensagem positiva. Mesmo nas faixas mais sarcásticas ou pessimistas; somos uma banda positiva.

FOLHA - O que a palavra emo significa para você?
HAYLEY
- Uma moda, não um gênero de música. Acho que ninguém sabe realmente o que emo significa... Começou como um novo nome para a música punk emotiva, mas agora esse nome não exprime mais emoção nenhuma. Não consigo entender como chegamos a isso!

FOLHA - Você sempre escreveu letras de música?
HAYLEY
- Sempre gostei muito de escrever e de me expressar por meio de rimas. Escrevia muita poesia e gostava até de fazer as redações da escola. Quando conheci os meninos (os irmãos Farro), passei a escrever letras.

FOLHA - Você coloca seus sentimentos pessoais nas letras?
HAYLEY
- Muito. Às vezes eu escrevo de forma mais vaga, porque não quero todos os detalhes da minha vida expostos. Mas não tenho vergonha das minhas experiências, porque foram elas que me tornaram o que sou hoje.

FOLHA - Qual é a sua letra mais pessoal?
HAYLEY
- "Misery Business", com certeza. Quando o Josh me mostrou a música, eu sabia que ela precisaria de uma letra meio malvada. Foi muito difícil escrevê-la. Mas agora, quando a canto, me sinto incrível.

FOLHA - O que você sente quando está cantando nos shows?
HAYLEY
- Sinto uma conexão imensa com as letras das músicas. É estranho, porque elas são muito pessoais e ao mesmo tempo estão sendo divididas com milhares de pessoas. É um momento muito intenso.

FOLHA - É difícil ser a única garota da banda?
HAYLEY
- Às vezes, sim. Mas, somos muito amigos e sempre me dei melhor com homens do que com mulheres. Provavelmente por causa da música. Meninas raramente entendem disso.

FOLHA - Você acha que perdeu sua adolescência devido à fama?
HAYLEY
- Eu passei a maior parte da minha adolescência em ônibus e vans. Mas tenho só 19 anos e já fui para vários países, fiz amigos que nunca faria se não fosse pela banda e sei que muita gente gostaria de estar no meu lugar. Acho que, se eu não tivesse feito isso, estaria até hoje em casa pensando como seria minha vida se eu fosse uma cantora profissional.


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