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música
Cometa Hayley
Leia entrevista exclusiva com a adorada vocalista da mais nova sensação do rock americano, a banda Paramore
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Energética, divertida
e honesta. É assim
que Hayley Williams, vocalista do
Paramore, define o
som da banda pop punk que divide com os irmãos Zac e Josh
Farro e com o baixista Jeremy
Davis. Em entrevista por telefone ao Folhateen, a ruivinha
do Tennessee falou de sua experiência no grupo, revelou
qual é sua letra mais pessoal e
contou por que se dá melhor
com homens do que com mulheres.
(LUANA VILLAC)
FOLHA - O que você tem escutado?
HAYLEY - Nos últimos meses,
tenho ouvido muito H2O. Para
mim, não existe nenhuma banda punk hardcore como essa.
FOLHA - Quais são as principais influências do Paramore?
HAYLEY - Se tivesse que escolher, citaria o Jimmy Eat
World. Mas, na verdade, eu não
acho que banda nenhuma tenha uma influência muito forte
sobre nós. O modo como nos
expressamos é muito diferente.
FOLHA - O que dá essa autenticidade ao som de vocês?
HAYLEY - Nossa música sempre
traz uma mensagem positiva.
Mesmo nas faixas mais sarcásticas ou pessimistas; somos
uma banda positiva.
FOLHA - O que a palavra emo significa para você?
HAYLEY - Uma moda, não um
gênero de música. Acho que
ninguém sabe realmente o que
emo significa... Começou como
um novo nome para a música
punk emotiva, mas agora esse
nome não exprime mais emoção nenhuma. Não consigo entender como chegamos a isso!
FOLHA - Você sempre escreveu letras de música?
HAYLEY - Sempre gostei muito
de escrever e de me expressar
por meio de rimas. Escrevia
muita poesia e gostava até de
fazer as redações da escola.
Quando conheci os meninos
(os irmãos Farro), passei a escrever letras.
FOLHA - Você coloca seus sentimentos pessoais nas letras?
HAYLEY - Muito. Às vezes eu escrevo de forma mais vaga, porque não quero todos os detalhes da minha vida expostos.
Mas não tenho vergonha das
minhas experiências, porque
foram elas que me tornaram o
que sou hoje.
FOLHA - Qual é a sua letra mais
pessoal?
HAYLEY - "Misery Business",
com certeza. Quando o Josh me
mostrou a música, eu sabia que
ela precisaria de uma letra
meio malvada. Foi muito difícil
escrevê-la. Mas agora, quando a
canto, me sinto incrível.
FOLHA - O que você sente quando
está cantando nos shows?
HAYLEY - Sinto uma conexão
imensa com as letras das músicas. É estranho, porque elas são
muito pessoais e ao mesmo
tempo estão sendo divididas
com milhares de pessoas. É um
momento muito intenso.
FOLHA - É difícil ser a única garota
da banda?
HAYLEY - Às vezes, sim. Mas, somos muito amigos e sempre me
dei melhor com homens do que
com mulheres. Provavelmente
por causa da música. Meninas
raramente entendem disso.
FOLHA - Você acha que perdeu sua
adolescência devido à fama?
HAYLEY - Eu passei a maior parte da minha adolescência em
ônibus e vans. Mas tenho só 19
anos e já fui para vários países,
fiz amigos que nunca faria se
não fosse pela banda e sei que
muita gente gostaria de estar
no meu lugar. Acho que, se eu
não tivesse feito isso, estaria até
hoje em casa pensando como
seria minha vida se eu fosse
uma cantora profissional.
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