JÔ HALLACK
NINA LEMOS
RAQ AFFONSO
COLUNISTAS DA FOLHA

Nunca pensamos que fôssemos ficar ricas. Até porque somos jornalistas. E jornalista não fica rico. Assim como gay não vira hétero.
O máximo que ambicionamos foi realizar o sonho da casa própria ou, pelo menos, economizar dinheiro numa poupança. Também nunca pensamos em dar golpe do baú. Até porque gostamos de PIDs (pretês com infância difícil). E não somos casadas.
Mas o nosso mundo desabou um pouco com uma pesquisa bizarra feita na Europa, que mostrou que mulheres solteiras têm menos chances de enriquecer do que aquelas que se casam!
Isso é sacanagem! Além de não terem que explicar às tias-avós no Natal que são normais, apesar de não terem um marido, elas ainda têm mais dinheiro para comprar roupa? Muito injusto!
Pior: aquelas que se casam (e que conseguiram juntar algum à custa do marido, segundo a pesquisa), mas que, por alguma razão, se separam, ficam pobres de novo! Ao contrário dos seus ex-maridos, que, com a separação, fazem um ótimo negócio do ponto de vista financeiro.
Segundo a pesquisadora, uma socióloga, homens separados têm mais vantagens financeiras do que os casados mesmo quando a mulher também trabalha e os dois são promovidos! Como assim?
Algumas conclusões rápidas sobre essa pesquisa:
- Casar é ótimo negócio para as mulheres. Para não dizer que é a única chance que a gente tem para tirar o pé da lama!
- Mas casar com um homem mané sempre vai ser um mau negócio. Porque dinheiro não traz felicidade quando um chato vem junto.
- Já, para os homens, casar significa empobrecer.
- E, como o casamento é um ótimo negócio do ponto de vista feminino, separar é um investimento de alto risco! E elas ficam pobres com isso! Quer dizer, mais pobres do que já eram, além de não terem a quem contar que o dia no trabalho foi muito difícil.
- Já seus ex-maridos começam a juntar dinheiro quando saem de casa.
- E, se casar é um bom investimento para as mulheres e um péssimo investimento para os homens..., bem, essa deve ser uma das razões de os casamentos raramente darem certo.
- E a última conclusão: não acredite em pesquisas. Ainda mais em uma que chega a conclusões tão estúpidas quanto essas!


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