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copa 2006
Fotos das seleções do Mundial são febre entre estudantes e geram uma dúvida: existem figurinhas mais difíceis que outras?
Álbum põe no mapa países e jogadores pouco conhecidos
LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL
Antes do dia 9 de abril,
muita gente não fazia a menor idéia de
que a minúscula República do Togo, na
África, tinha uma seleção; e
muito menos que Jaroslav Plasil era um jogador da República
Tcheca. Aliás, se você não coleciona o álbum oficial da Copa
do Mundo, certamente vai continuar sem saber nada disso.
Desde que foi lançado, o álbum virou febre, principalmente nas escolas. "Completei
em uma semana. O mais legal é
chegar e ver os estudantes trocarem uma figurinha difícil por
várias fáceis", conta a Gabriela
W., 17. Como todo mundo, ela
também acha que existem figurinhas que foram produzidas
em menor quantidade do que
outras. "O Plasil, da República
Tcheca, é muito raro. Chega a
valer uma figurinha brilhante."
A cada quatro anos, o álbum
faz com que volte uma antiga
brincadeira, o jogo de bafo. Mas
arriscar perder figurinhas valiosas, como as brilhantes, que
representam os escudos das seleções, nem pensar. "Na hora
de bater, usamos as da seleção
do Togo. Todo pacote tem uma
figurinha dela", diz.
Mas não é bem assim com todos os colecionadores. Para Pedro Ferreira, 16, a brilhante do
Togo não foi fácil. Foi a última
que faltava para ele completar o
álbum. "Eu descolei do álbum
do meu amigo. Dei as 30 repetidas que eu tinha em troca."
Até o fechamento desta edição, faltavam oito figurinhas
para Leonardo Rodrigues, 14,
completar seu álbum. "Na última Copa eu colecionei, mas, na
de 98, eu não me lembro", conta o estudante da oitava série.
Para ele, as figurinhas do
Brasil são as mais difíceis e,
portanto, mais valiosas. "Já vi
uma menina trocar a brilhante
do escudo do Brasil por 15 figurinhas. Acho que há figurinhas
mais difíceis que outras. Por
exemplo, eu nunca vi na minha
vida uma brilhante da Ucrânia", explica Leonardo.
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