São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 2006

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copa 2006

Fotos das seleções do Mundial são febre entre estudantes e geram uma dúvida: existem figurinhas mais difíceis que outras?

Álbum põe no mapa países e jogadores pouco conhecidos

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

Antes do dia 9 de abril, muita gente não fazia a menor idéia de que a minúscula República do Togo, na África, tinha uma seleção; e muito menos que Jaroslav Plasil era um jogador da República Tcheca. Aliás, se você não coleciona o álbum oficial da Copa do Mundo, certamente vai continuar sem saber nada disso.
Desde que foi lançado, o álbum virou febre, principalmente nas escolas. "Completei em uma semana. O mais legal é chegar e ver os estudantes trocarem uma figurinha difícil por várias fáceis", conta a Gabriela W., 17. Como todo mundo, ela também acha que existem figurinhas que foram produzidas em menor quantidade do que outras. "O Plasil, da República Tcheca, é muito raro. Chega a valer uma figurinha brilhante."
A cada quatro anos, o álbum faz com que volte uma antiga brincadeira, o jogo de bafo. Mas arriscar perder figurinhas valiosas, como as brilhantes, que representam os escudos das seleções, nem pensar. "Na hora de bater, usamos as da seleção do Togo. Todo pacote tem uma figurinha dela", diz.
Mas não é bem assim com todos os colecionadores. Para Pedro Ferreira, 16, a brilhante do Togo não foi fácil. Foi a última que faltava para ele completar o álbum. "Eu descolei do álbum do meu amigo. Dei as 30 repetidas que eu tinha em troca."
Até o fechamento desta edição, faltavam oito figurinhas para Leonardo Rodrigues, 14, completar seu álbum. "Na última Copa eu colecionei, mas, na de 98, eu não me lembro", conta o estudante da oitava série.
Para ele, as figurinhas do Brasil são as mais difíceis e, portanto, mais valiosas. "Já vi uma menina trocar a brilhante do escudo do Brasil por 15 figurinhas. Acho que há figurinhas mais difíceis que outras. Por exemplo, eu nunca vi na minha vida uma brilhante da Ucrânia", explica Leonardo.


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