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Saúde
25% de motoristas mortos em 2005 eram jovens
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando tinha 22 anos, Vitor,
hoje com 24, entrou com seu
carro no meio de uma praça em
São Paulo, voltando de uma balada. "Eu estava muito bêbado.
Até tinha noção do perigo, mas
achava que tinha condições de
dirigir", diz o estudante.
Por sorte, o acidente não teve
vítimas. A praça estava vazia, e
Vitor não se machucou. Depois
disso, ele garante que nunca
mais pegou o carro bêbado.
"Peço para algum amigo sóbrio
dirigir ou pego um táxi. Eu poderia ter morrido naquele dia
ou, o que é pior, ter matado alguém", observa.
Haroldo, 21, também já correu perigo quando pegou carona com um amigo bêbado. "O
cara passou no sinal vermelho,
e um ônibus bateu na porta do
passageiro, em que eu estava
sentado", lembra. Por sorte,
novamente nada aconteceu.
Os dois estudantes estão na
faixa etária que mais bebe. Segundo o estudo da Unifesp,
63% dos jovens de 18 a 24 anos
consomem mais de três doses
em um dia. Entre os que têm de
25 a 34 anos, esse índice cai para 55% e continua em queda
conforme a idade avança.
Nem todos os casos em que
há combinação de álcool e direção têm final feliz como esses.
Segundo um estudo da faculdade de medicina da USP, 25%
dos condutores de veículos
mortos em 2005 em SP tinham
entre 18 e 25 anos.
Desses, 54% tinham índice
de concentração de álcool no
sangue acima do permitido por
lei (0,6 gramas de álcool por litro de sangue, o equivalente a
duas ou três latas de cerveja).
Os dados, que integram a dissertação de mestrado de Julio
Ponce, foram obtidos a partir
do cruzamento de informações
do IML e da CET.(LC)
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