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Sexo & Saúde - Jairo Bouer
Sexo é bom, mas pode melhorar!
UMA PESQUISA sobre o comportamento
sexual no mundo todo, divulgada há cerca de duas semanas, revelou algumas
curiosidades sobre os brasileiros. Se, de um lado, estamos entre os países com a maior freqüência de relações sexuais, do outro, não estamos muito satisfeitos com a qualidade da nossa
vida sexual. Parece uma ambigüidade? Então
vamos tentar entender o que está acontecendo!
A Pesquisa Global de Satisfação Sexual foi
realizada pela internet com 26 mil pessoas previamente cadastradas em 26 países diferentes e
foi organizada pela Durex, marca de preservativos com base no Reino Unido.
Em relação à freqüência, o Brasil aparece entre os países
em que mais se faz sexo. Em média, temos 145 relações ao
ano (cerca de uma a cada 2,5 dias). Só estamos atrás da
Grécia (164 vezes ao ano). Além da freqüência, sexo parece
ser importante por aqui: 79% dos brasileiros concordam
com a frase "sexo é importante", atrás de Grécia e Polônia.
Mas apesar da freqüência e da importância, apenas 42%
dos brasileiros se consideraram muito ou extremamente
satisfeitos em relação ao sexo. Em países como Grécia,
Holanda, Polônia, Nigéria e México (que estão nas primeiras posições), esse índice chega a níveis de 55% a 67%.
Não se trata aqui de comparar nem de competir, mas de
tentar entender o que se passa na cabeça do brasileiro. A
satisfação sexual é um conceito amplo que inclui questões
emocionais, físicas e sociais. Ter prazer na transa, chegar
ao orgasmo, não sentir dores na hora do sexo, ter intimidade com o parceiro, estar bem em relação ao sexo que está sendo feito, não temer preconceitos,
não se sentir pressionado pelo parceiro
nem pelo grupo. Tudo isso tem um peso na hora de medir a satisfação.
A pesquisa mostra ainda a dificuldade que as brasileiras têm para atingir o
orgasmo. Entre os homens, muitos reclamam da falta de tempo para o sexo
e do excesso de estresse da vida moderna. Entre os casais mais jovens aparece a falta de tempo sozinhos para
ter mais intimidade.
Em resumo, será que a nossa
velha preocupação com quantidade, freqüência e performance
não acaba deixando para trás a
qualidade na hora do sexo?
Não vivemos, hoje em dia, pressionados a fazer mais sexo do que realmente
estamos a fim? Será que, se a gente investisse mais em qualidade, escolha intimidade e intensidade não estaria
mais feliz? É para pensar!
Para saber mais sobre a pesquisa:
www.durex.com/cm/sexual_wellbeing_results.asp.
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