São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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Sexo & Saúde - Jairo Bouer

Sexo é bom, mas pode melhorar!

UMA PESQUISA sobre o comportamento sexual no mundo todo, divulgada há cerca de duas semanas, revelou algumas curiosidades sobre os brasileiros. Se, de um lado, estamos entre os países com a maior freqüência de relações sexuais, do outro, não estamos muito satisfeitos com a qualidade da nossa vida sexual. Parece uma ambigüidade? Então vamos tentar entender o que está acontecendo!
A Pesquisa Global de Satisfação Sexual foi realizada pela internet com 26 mil pessoas previamente cadastradas em 26 países diferentes e foi organizada pela Durex, marca de preservativos com base no Reino Unido.
Em relação à freqüência, o Brasil aparece entre os países em que mais se faz sexo. Em média, temos 145 relações ao ano (cerca de uma a cada 2,5 dias). Só estamos atrás da Grécia (164 vezes ao ano). Além da freqüência, sexo parece ser importante por aqui: 79% dos brasileiros concordam com a frase "sexo é importante", atrás de Grécia e Polônia.
Mas apesar da freqüência e da importância, apenas 42% dos brasileiros se consideraram muito ou extremamente satisfeitos em relação ao sexo. Em países como Grécia, Holanda, Polônia, Nigéria e México (que estão nas primeiras posições), esse índice chega a níveis de 55% a 67%.
Não se trata aqui de comparar nem de competir, mas de tentar entender o que se passa na cabeça do brasileiro. A satisfação sexual é um conceito amplo que inclui questões emocionais, físicas e sociais. Ter prazer na transa, chegar ao orgasmo, não sentir dores na hora do sexo, ter intimidade com o parceiro, estar bem em relação ao sexo que está sendo feito, não temer preconceitos, não se sentir pressionado pelo parceiro nem pelo grupo. Tudo isso tem um peso na hora de medir a satisfação.
A pesquisa mostra ainda a dificuldade que as brasileiras têm para atingir o orgasmo. Entre os homens, muitos reclamam da falta de tempo para o sexo e do excesso de estresse da vida moderna. Entre os casais mais jovens aparece a falta de tempo sozinhos para ter mais intimidade.
Em resumo, será que a nossa velha preocupação com quantidade, freqüência e performance não acaba deixando para trás a qualidade na hora do sexo?
Não vivemos, hoje em dia, pressionados a fazer mais sexo do que realmente estamos a fim? Será que, se a gente investisse mais em qualidade, escolha intimidade e intensidade não estaria mais feliz? É para pensar!
Para saber mais sobre a pesquisa: www.durex.com/cm/sexual_wellbeing_results.asp.


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