São Paulo, segunda-feira, 30 de abril de 2007

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02 Neurônio

>>Jô Hallack >> Nina Lemos >>Raq Affonso
02neuronio@uol.com.br

Pedir tempo não dá!

NA SEMANA PASSADA fomos surpreendidas pela bomba mais do que bombástica de que o Los Hermanos acabou. Ficamos tristes. Adorávamos a banda. Mas, em nota oficial, eles informaram que, na verdade, apenas deram um tempo (indeterminado). Ficamos passadas. Odiamos esse negócio de "dar um tempo". Uma das piores invenções da humanidade.
Sim, já demos um tempo, já pedimos um tempo, já terminamos e voltamos com a mesma pessoa umas 40 vezes, já nos rastejamos atrás de alguém que nos rejeitou, já fugimos de ex apaixonados, já viajamos até o Uruguai em busca de um amor. E até já pedimos um tempo, quando ficamos sem coragem de terminar (uma atitude covarde que não pretendemos repetir).
Sabemos que no amor existe de tudo. Até mesmo o tal do tempo. Sempre é melhor pensar que "vocês estão dando um tempo" do que imaginar que vai ficar longe daquela pessoa para o resto de sua vida.
Esse negócio de perder dói. E como! Mas adiar a dor, às vezes, dói mais ainda. E ainda dá efeitos colaterais, como não conseguir se livrar do fantasma do ex.
Mas, talvez, fosse melhor aceitar que as coisas acabam. Talvez fosse mais digno (embora nem sempre consigamos ser dignos nessas situações) se os relacionamentos terminassem de forma mais trágica (como merecem).
"Não quero te ver nunca mais", "some da minha vida", "acabou para sempre", "te odeio até a eternidade". Mais vale a passionalidade digna de quem se joga no chão e reclama sem carinho e sem coberta no tapete atrás da porta.
Mesmo que recomece tudo na semana seguinte.

Momento de histeria
Tenha coragem, não peça um tempo!


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