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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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BALÃO

O triângulo escaleno de "Estranhos no Paraíso"

DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

David ama Katchoo, que ama Francine, que ama todos os homens que não deveria. Trocando em miúdos é mais ou menos esse o enredo de "Estranhos no Paraíso", HQ de Terry Moore, que mais que arrebatar uma série de prêmios nos últimos anos tem conseguido uma rara façanha no universo dos quadrinhos: atrair leitoras femininas e o público gay.
"Nunca vou ser sua gatinha, nem sua mãe! E, se um dia você mentir pra mim, eu dou suas bolas pro meu gato comer!". O aviso, dado por Katchoo a David logo no início da série (publicada em 98 pela Abril), não surtiu efeito e o rapaz continua no pé da loirinha enfezada (e lésbica) até hoje, quando a série já está em seu terceiro volume e passa a ser publicada mensalmente no Brasil pela Pandora.
Sensível, compreensivo e "até bonitinho", David é tudo o que Francine, a companheira de casa de Katchoo, precisaria. Ela sabe disso, mas gosta da Katchoo, que apesar de não assumir, também sente algo "diferente" por David.
Confusão? Sim, claro, como na minha e na sua vida, os sentimentos que envolvem o triângulo amoroso nada ortodoxo de "Estranhos no Paraíso" são bem menos simples do que os dos seriados do canal Sony. E o seu "fator viciante", mais poderoso que qualquer novela da televisão brasileira. Enfim, a leitura ideal para quem ama ou odeia os quadrinhos!

E-mail: balao@folha.com.br

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