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BALÃO
O triângulo escaleno de "Estranhos no Paraíso"
DIEGO ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
David ama Katchoo, que ama Francine,
que ama todos os homens que não deveria. Trocando em miúdos é mais ou
menos esse o enredo de "Estranhos no
Paraíso", HQ de Terry Moore, que mais
que arrebatar uma série de prêmios nos
últimos anos tem conseguido uma rara
façanha no universo dos quadrinhos:
atrair leitoras femininas e o público gay.
"Nunca vou ser sua gatinha, nem sua
mãe! E, se um dia você mentir pra mim,
eu dou suas bolas pro meu gato comer!".
O aviso, dado por Katchoo a David logo
no início da série (publicada em 98 pela
Abril), não surtiu efeito e o rapaz continua no pé da loirinha enfezada (e lésbica) até hoje, quando a série já está em seu
terceiro volume e passa a ser publicada
mensalmente no Brasil pela Pandora.
Sensível, compreensivo e "até bonitinho", David é tudo o que Francine, a
companheira de casa de Katchoo, precisaria. Ela sabe disso, mas gosta da Katchoo, que apesar de não assumir, também sente algo "diferente" por David.
Confusão? Sim, claro, como na minha
e na sua vida, os sentimentos que envolvem o triângulo amoroso nada ortodoxo
de "Estranhos no Paraíso" são bem menos simples do que os dos seriados do canal Sony. E o seu "fator viciante", mais
poderoso que qualquer novela da televisão brasileira. Enfim, a leitura ideal para
quem ama ou odeia os quadrinhos!
E-mail: balao@folha.com.br
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