São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010

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INTERNETS

Ronaldo Lemos - ronaldolemos09@gmail.com

Games populares são volta ao passado

CONHECE O Polystation? O Xboy? Ou o Sonya? Todos são videogames que custam por volta de R$ 20 e são encontrados em mercados populares do mundo todo.
Por fora, lembram aparelhos convencionais, como o Playstation ou o Xbox. Mas, por dentro, são na verdade a primeira versão do Nintendo (chamada carinhosamente no Brasil de "Nintendinho"), console lançado em 1985 nos EUA.
Em vez de mídias digitais, essas versões populares usam os velhos cartuchos, como se o mundo tivesse voltado 20 anos no tempo.
Quem compraria um aparelho ultrapassado desses? Muita gente. Especialmente quem tem filhos pequenos, não tem grana, mora em um lugar de baixa renda e quer dar um presente tecnológico.
O fato é que, da América Latina à Ásia (especialmente na Índia), existe um número imenso de pessoas que ainda têm um "Nintendinho" em casa, em uma de suas encarnações atuais.
Considerando o grande número de fabricantes e marcas desses videogames vintage que usam o chip de 8-bits do Nintendo, é de se imaginar que são alguns bons milhões de pessoas.
A partir daí, um grupo de jovens nos EUA (Playpo wer.org) teve a ideia de escrever novos jogos para essas máquinas. Afinal, os games para esses consoles populares foram feitos há duas décadas, como o "Zelda" e o "Super Mario" em suas primeiras versões.
O projeto mostra que dá para fazer coisas novas e bacanas mesmo com tecnologia obsoleta. Para isso, eles viajam o mundo fazendo workshops de design de jogos para essas velhas plataformas (dois deles realizados no Brasil há pouco).
O mais legal do Playpower é chamar atenção para duas culturas que pouco conversam, mas que têm capacidade de inovação.
De um lado, a cultura geek, representada pelos integrantes do projeto. De outro, a cultura das periferias globais, que se viram com o que têm nas mãos.
O diálogo entre esses dois mundos tem futuro.



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A ideia de que os principais produtos para o iPad são livros e revistas

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