São Paulo, segunda-feira, 31 de maio de 2010

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Carreira costurada

OS PRIMEIROS PASSOS DE TRÊS JOVENS ESTILISTAS NO DISPUTADO MUNDO DA MODA

SAMIA MAZZUCCO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após 45 dias produzindo coleções, as estilistas Cynthia Hayashi, 22, e Gabriela Sakate, 23, estão nervosas, minutos antes de seus respectivos desfiles. A estreante Yoon Hee Lee, 22, está com medo. "Sou muito insegura", explica ela, nos bastidores do projeto LAB.
O evento é um laboratório de talentos. Rolou durante a Casa de Criadores, na semana passada, em São Paulo.
Sem a estrutura que uma grande marca possui, as meninas têm o apoio da família para tirar as ideias do papel.
Cynthia costura suas criações na máquina da avó. "Eu sou a minha equipe", diz.
Já Yoon fez a modelagem das peças sozinha, mas teve a ajuda das costureiras da confecção dos pais para produzir seus nove "looks".
Criar uma coleção é dar o primeiro passo numa carreira na moda, e custa caro. Gabriela gastou R$ 40 mil na sua, pagos com economias e com o que ganha no trabalho em uma alfaiataria.
"Na faculdade, queria criar. Agora, preciso ganhar dinheiro para investir na minha marca", diz Cynthia.
Alexander McQueen e Coco Channel são os grandes ídolos das meninas, que sonham em ter loja própria e, um dia, brilhar no exterior.
No caminho, elas ouvem críticas, como a do estilista Alexandre Herchcovitch, que assistiu aos desfiles e achou as ideias "já vistas e cansadas". A exceção, para ele, foi Yoon, "que mostrou um trabalho autoral".
Saber gerir a produção de roupas é essencial para vencer no concorrido mundo da moda. "Tive que aprender a ser competitiva", diz Yoon.


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