Coletânea do Blondie é obrigatória para quem gosta de peso com melodia e para quem prefere a pista de dança

LEANDRO FORTINO
DA REPORTAGEM LOCAL

A melhor fase do Blondie é a pop e começa em 1978, com o disco "Parallel Lines". Várias faixas desse álbum estão em "Greatest Hits: Sound & Vision", que sai agora.
A disco music já havia contaminado a banda, que fez o mundo dançar com "Heart of Glass", sobre um amor que se tornaria um coração de vidro.
O flerte com a pista de dança tornou o Blondie um desafeto no punk. Templos do estilo como o CBGB e o Max's Kansas City ficaram pequenos. Mas o mundo só ganhou com isso.
O sucesso surpreendente empurrou o Blondie na direção do pop. Na coletânea, você percebe isso nas músicas de "Eat to the Beat" (1979). Lançado no meio da febre da disco music, o destaque do álbum é "Atomic".
Mas a grande traição ao punk foi o ótimo pop rock "Call Me", trilha de "Gigolô Americano" (1980) e maior êxito da banda.
A decadência chegara. Debbie Harry virou o alvo das atenções e deixou os outros integrantes irritados. Em 1980, era lançado "Autoamerican", que traz "The Tide Is High", um reggae com influências mexicanas e do rap que começava a surgir nos EUA. "Hunter", de 1982, selaria o fim do grupo, com a saída do guitarrista Chris Stein por motivos de saúde.
Após 17 anos, a banda foi reformada e lançou dois álbuns que não superaram a marca que essa "loira" cravou no pop.