São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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INTERNETS

RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com

Novo buscador toma a bandeira do Google

Lembra de quando o slogan do Google era "don't be evil" (não seja malvado)?
Um novo buscador com o nome engraçadinho de Duckduckgo.com quer o lema para si. O site nem é tão novo, foi criado em 2008, mas tem chamado atenção por conseguir um investimento de US$ 3 milhões (R$ 5,3 mi).
Seu criador é um só: o empreendedor Gabriel Weinberg, da Philadelphia, bem longe do Vale do Silício. A bandeira do Duckduckgo é a privacidade. Os buscadores, hoje, funcionam como ferramentas de monitoramento. Todas as suas buscas são gravadas. Os dados, usados para traçar um perfil detalhado de quem você é.
Parte dessas informações vaza na internet. Quando você clica em um resultado encontrado no buscador, ele envia para o site que você está visitando o termo digitado na busca (o Google mudou há pouco essa política).
O Duckduckgo não faz nada disso. Não monitora o usuário nem manda informações para outros sites. A outra bandeira é diversidade: fugir da bolha pessoal de informação.
Os resultados de busca estão se tornando cada vez mais "customizados". Você faz uma busca no Google, e os resultados que recebe são totalmente diferentes de outra pessoa. A razão é que o Google, a partir do seu "perfil", mostra o que o site acha que você quer ver. Assim, quem é contra o aborto vê mais sites que também são. Se é a favor, vê mais sites a favor. No Duckduckgo, os resultados são os mesmos para todos, mesmo que você não concorde com eles.
O site parece uma volta ao passado (não tem autocompletar nem pirotecnias). Reage de forma "vintage" ao rumo atual da rede. O mais interessante é que querer ser "do bem" na internet ainda pode dar dinheiro. Mesmo que bem menos do que modelos mais questionáveis de hoje em dia.

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JÁ ERA O Brasil sem uma lei decente de acesso a informação pública

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