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Cafuné

Peidorrada danada

CLARICE REICHSTUL COLUNISTA DA FOLHA

Ele chegou da casa da tia e já foi me intimando: "Mãe, senta do meu lado um pouquinho?". Mas, como eu já estava sentada no sofá, pedi ao Benja que ele viesse sentar ao meu lado. "Não, mãe, você tem que levantar!".

Ok. Levantei do sofá e quando sentei-me de novo a seu lado"¦ Prrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeem! Um pum! Mas eu não tinha soltado nenhum. Quando olhei para o sofá, lá estava ela, aquela almofadinha safada de loja de mágico: a almofada do pum.

"Jô, senta aqui um pouco", convidou Benjamin. Prrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeem! Ela ficou vermelha, Benja rolou de rir. Mais uma vítima. Pum pra cá, pum pra lá, os gatos foram os seguintes. Não deu certo, é claro. Mesmo que desse, não ia ter a menor graça, pois os gatos não ficam envergonhados de soltar puns por aí. Quem quer que chegasse em casa caía na piada dele. "Vô, senta aqui do meu ladinho", ele dizia, maroto. "Vó, estou com tantas saudades, fica aqui comigo!", convidava. Prrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeem!

A almofada durou uma semana. Coitada, não era muito resistente. Quando Benjamim começou a pular sobre ela para fazer puns cada vez mais dramáticos e sonoros, a bicha sucumbiu. Arrebentou, não teve jeito. Agora, os puns saem frouxos, nem parece a metralhadora de outrora.

Tenho que encontrar alguma cola que preste para consertar o brinquedo e fazer a alegria peidorreira da última semana voltar.


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