Folha de S.Paulo

Quebra-cabeça com Rosely Sayão

Você gosta de marcas caras?

Qual é a marca do seu caderno? E a do tênis? E a do videogame que espera ganhar de seus pais? E a do aparelho celular que ganhará assim que eles acharem que já pode ter um?

Aposto que conhece um milhão de coisas. Dessas, quer ter algumas ou muitas. E acha que parte delas são melhores que as outras pela marca que têm, não é verdade?

A maioria dos seus amigos e colegas usam objetos de determinadas marcas. E você acredita que ter o mesmo objeto, só que de outra marca, pode parecer um pouco estranho.

É como se só valesse a pena ter exatamente o que os seus amigos têm, já que, do contrário, iria se sentir um pouco inferior a eles.

Sabe que isso é uma grande bobagem? Pense bem: todos os cadernos servem para a mesma coisa, que é escrever; todos os tênis também servem para calçar; e assim é com todas as outras coisas.

Claro que há diferença de qualidade e de preço entre os produtos. Mas sabia que as marcas da moda, aquelas que todo mundo usa, nem sempre são as de melhor qualidade? Pois é: elas fazem um baita sucesso por causa da propaganda.

A publicidade convence as pessoas de que ter algo daquela marca as torna mais importantes do que aquelas que não possuem o objeto. O objetivo das propagandas é só esse: vender mais o produto anunciado.

E quem se torna mais importante porque usa um certo tipo de tênis? Ou porque tem um aparelho celular de tal modelo? Ninguém, essa é a verdade. Então, é preciso ser esperto na hora de pedir algo a seus pais.

Quando tiver vontade de ter alguma coisa de uma determinada marca, precisa pensar nos motivos que tem para a escolha que está fazendo.

Ao pensar, vai perceber que nem sempre há motivos bons, que realmente importam. Aí, vale a pena pesquisar bastante, ver os preços de todas e descobrir o que elas oferecem.

Só assim, a escolha será realmente sua.

-

Frases

"Quando vejo algo bonito, procuro na internet. Especialmente roupas, tênis e material da escola. Mas não sou muito viciada em marcas."
MARIA LUISA, 13

"Não gosto de coisas de marca. Quase nunca compro, só se meus pais deixarem. Mas, se eles não autorizarem, não tem nenhum problema."
GABRIELA, 12