Chuva de ideias
Alunos constroem de cisternas, para armazenar água da chuva, a engenhoca para as privadas
Com a grave seca nas represas de São Paulo, o tema da falta d'água transborda nas escolas, dentro e fora da sala de aula.
No colégio Santa Maria (zona sul), alunos estão construindo cisternas --reservatórios para acumular água da chuva.
Uma delas já é usada para regar os jardins da escola e outra foi doada para uma creche da região.
"Sem água, vai acontecer um desastre na nossa cidade", alerta João Pedro Florêncio, 12, que participa da experiência.
Já as crianças do colégio Santi, no Paraíso (zona sul), encontraram outra forma de economizar: encheram garrafas PET com pedrinhas e as colocaram nas caixas de descarga das privadas da escola.
A engenhoca faz com que menos água seja utilizada a cada vez que a descarga é acionada.
Em Pinheiros (zona oeste), a escola Aprendendo a Aprender, que já sofre diariamente com a falta d'água, usou o próprio hidrômetro --aparelho que mede o consumo-- para alertar os alunos e reduzir o desperdício.
"A gente anota os gastos do colégio todos os dias e, no final de cada mês, faz um gráfico", explica Ana Júlia Pasini, 11.
A menina resolveu levar o ensinamento para casa.
"Falei para a minha mãe, que é síndica do meu prédio, pedir para os moradores economizarem. Um mês depois, a conta veio bem mais barata."
Beatriz Vossen, 12, do Santa Maria, convenceu a família a economizar a partir de uma dica que ouviu nas aulas.
"Nós agora temos o hábito de guardar em um balde a água que cai antes de o chuveiro esquentar. Usamos na descarga e para lavar o quintal", conta.
São lições de casa que não podemos deixar de fazer. Faça chuva ou faça sol!