São Paulo, sábado, 1 de outubro de 2011

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Doidice na escola

Com criatividade, professores dão aulas animadas

GABRIELLA MANCINI
DE SÃO PAULO

A professora Suely Campos, 37, de Belo Horizonte (MG), vive inventando moda. Pratica futebol para se aproximar dos alunos. Criou o "dia da lambreca", em que se lambuzam com lama, farinha, tinta. Na revisão para a prova, pediu que os alunos criassem um teste para ela e depois corrigissem.
Se não lhe dão ouvidos, Suely conversa com as paredes. "Pois é, parede, eu ia ensinar uma coisa tão interessante!" E, com sua doidice, recupera a atenção da sala.
Mas, assim como a personagem Cate, do filme "Uma Professora Muito Maluquinha", Suely foi "convidada a se retirar" de algumas escolas. "Tive problemas por fugir do padrão, mas faria tudo de novo. Pelas crianças, vale a pena."

COMPANHEIROS DE MALUQUICE
A professora Maria Paula Barros, 30, de São Paulo, tem os fantoches como aliados. "Ela conta histórias com os bonecos e a gente aprende sem querer", conta Enrico Gorios, 10. Já o mineiro Aloísio Rabelo, 40, usa a experiência como cenógrafo para fazer arte com os alunos. "Dizem: 'Você é doido, viaja!'. Aí falo para também buscarem essa 'maluquice'."

Ser um professor maluquinho é...

"Eles se conectam primeiro com os fantoches, depois comigo", conta Maria Paula

"...Ser inesperado. O aluno nunca sabe o que você vai aprontar!"
JUCA BIANCHINI, Educador

"...Não esquecer a sua própria infância e sempre encantar."
ALOÍSIO RABELO, Professor

"...Se divertir e dar risada com os alunos."
MARIA PAULA BARROS

"...Entusiasmar os alunos."
CECÍLIA CAMARGO, arte-educadora

"...Fazer da coisa mais simples a mais divertida."
SUELY CAMPOS, Professora

"...Fundamental para trazer o aluno para a sala em tempos de iPad e videogame."
PRISCILA BALISARDO, Professora

"...Entrar na sala sempre com pique e enxergar o mundo com outros olhos."
MÁRCIA ALMIRALL, Professora

Para memorizar a matéria, Priscila Balisardo, 30, inventa canções com os alunos

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