São Paulo, sábado, 3 de novembro de 2012

CAFUNÉ

Dia de princesa

CLARICE REICHSTUL
COLUNISTA DA FOLHA

O vestido é branco e cheio de rendas, brilhos e cristais. Passarinhos azuis e amarelos ajudam a noiva a se enfeitar e a se arrumar, cantando alegres enquanto passam laços de fita de um lado para o outro. Os ratinhos calçam a princesa com um sapatinho delicado, que cabe perfeitamente em seus pés.
É o grande dia do casamento! Ela veste uma guirlanda de flores coloridas na cabeça, brincos de pérolas, uma corrente em volta do pescoço. Além dos bichinhos que fazem as vezes de aias da noiva, muitas meninas, suas damas de honra, também se arrumam para a cerimônia.
Às vezes, acho que é isso o que passa pela cabeça das garotas quando vão a casamentos e veem a noiva chegando. As noivas são a coisa mais próxima de uma verdadeira princesa a que chegamos no nosso dia a dia. As damas de honra sempre estão muito excitadas e orgulhosas de participar, mesmo que a cerimônia pareça entediante.
Eu nunca fui dama de honra quando pequena, acho que não frequentávamos tantos casamentos ou nossa família era reduzida. Sempre fiquei com cara de pidona olhando com inveja as meninas com aqueles vestidos que combinavam com o da noiva...
Hoje, se eu tivesse uma filha, ia gostar que ela fosse daminha sempre que pudesse, mesmo que desse trabalho, mesmo que a roupa fosse para ser usada apenas uma vez. É um bom jeito de ser princesa de verdade por um dia.

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