São Paulo, sábado, 4 de agosto de 2012

CAFUNÉ

Domingo belezinha

CLARICE REICHSTUL
COLUNISTA DA FOLHA

Manhã de sol em São Paulo. O tempo frio deu um descanso e as dez da matina não tem uma nuvem no céu. As piscinas do Sesc Belezinha, ops, Belenzinho, estão lotadas: crianças, pais, avós. Uma turma toma sol nas espreguiçadeiras, outra faz farra na piscina infantil.
Na imensidão dessa unidade do Sesc tem atividade para todo mundo, mas o que mais se vê mesmo são as crianças correndo. Como correm! Correm para ir ao banheiro, correm para ir à piscina, correm em volta da quadra de tênis, correm para chegar à área de convivência, correm pela delícia de ser criança e correr por aí, sem pai preocupado, sem lugar para chegar, sem obstáculos no caminho.
Talvez essa seja a maior virtude do Belenzinho, o espaço imenso, generoso, chão lisinho, dá vontade mesmo de sair correndo.
Até dentro da exposição do Pinóquio as crianças correm de um módulo para outro para o desespero dos monitores. Entram no mar de vídeo, no céu projetado, na sombra do boneco que brinca no chão. Morrem de medo dos bonecos sem boca, desmontam e tornam a montar a colmeia de favos de espuma.
Às cinco da tarde, a comedoria está cheia de crianças cansadas comendo gelatina e bolo, enquanto os pais trocam figurinhas nos sofás.
Um choro aqui, uma birra acolá, está na hora de ir para casa, descansar para a semana que começa. E sonhar com um domingo de sol no Belezinha, vai que na semana que vem ele aparece de novo!

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