| São Paulo, sábado, 7 de maio de 2011 |
Que palhaçada é essa?
Sucesso entre as crianças menores, dupla Patati Patatá apresenta programa na TV
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Quem ligar a TV pela manhã e sintonizar no SBT encontrará o programa "Carrossel Animado" de cara nova. Os palhaços do Patati Patatá, sucesso em shows e DVDs, estão no comando da atração.
Ao vivo, eles contam piada com uma banda formada por bonecos e apresentam desenhos animados voltados para crianças de dois a oito anos (como "Peixonauta" e "Flinstones Kids"). Eles também fazem charadas e adivinhações por telefone -os prêmios são produtos com a marca Patati Patatá.
A dupla surgiu nos anos 1980, quando gravou discos e apresentou programas na TV. Voltou à ativa com novos palhaços. Mas parece que o tempo não passou para eles. Roupas, canções com ensinamentos e o jeito de tratar o público soam antiquados.
Palhaços ouvidos pela Folhinha não acharam graça na palhaçada. Leia opiniões abaixo.
(GM)
PAPO DE PALHAÇO
"Criança gosta de colorido. Quanto ao exagero de gestos, os palhaços nasceram assim. Não concordo que o programa estimule o consumo. As crianças adoram os brinquedos, ficam felizes ao ganhá-los."
PATATÁ
"O programa subestima a inteligência das crianças, que precisam ser estimuladas com cultura e não com consumo. Também desrespeita a figura do palhaço."
CARLA CANDIOTTO, palhaça do Le Plat du Jour
"O programa funciona, é um formato repetido desde sempre. Mas funcionar é o que o ser humano menos precisa neste momento. As coisas funcionam no automático, mas gente é pra surpreender."
LU LOPES, a palhaça Rubra, do grupo Jogando no Quintal
"Há excesso de tudo: maquiagem, figurinos, cenários, gestos e sorrisos forçados. Insistem na fórmula de tratar as crianças como bebês."
CAFI OTTA, palhaço do grupo Namakaca
"Programa de auditório convencional versão tatibitate. A dupla lembra um conhecido palhaço da TV dos anos 80."
FERNANDO PAZ, do Doutores da Alegria
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice