Lançamentos da Bienal aproximam livros e computadores

BRUNO MOLINERO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O tempo em que sua mãe gritava "desliga o computador e vai ler um livro" está acabando. Alguns lançamentos da Bienal do Livro de São Paulo aproximam o mundo virtual do universo da leitura.
Esse é o caso de "O Livro da Com-Fusão Brasil" (ed. Melhoramentos; R$ 31), de Ilan Brenman e Fê. Depois de misturar um monte de seres fantásticos nacionais - como o Saci, o Boto e a Caipora- em suas páginas, o livro traz um jogo em realidade aumentada.

REALIDADE AUMENTADA?
Realidade aumentada é quando objetos virtuais entram no mundo real. E não é ficção científica, como nos filmes "Guerra nas Estrelas". O futebol, por exemplo, já está usando a tecnologia.
Aquela linha imaginária que aparece na TV para mostrar o impedimento dos jogadores é realidade aumentada. Afinal, ela é feita por computador, mas entra no mundo real.
A ideia básica é aumentar a interação do usuário com o computador, acrescentando elementos virtuais à nossa vida. Existem várias maneiras de fazer isso. A mais comum é a dos livros da Bienal, pois basta ter um computador com webcam.
Mas existem outros tipos, como os óculos especiais. Basta colocar um par deles e, enquanto atravessa a rua, você vê um elefante de motocicleta. E não precisa se assustar. O elefante está projetado nas lentes dos óculos. Se você tirar, vai ver que o bicho motorizado não existe.
Alguns jogos para Playstation 3 já entraram na onda. Como o EyePet, em que é possível interagir com um bichinho virtual por meio da webcam.
A partir de agora, ler um livro vai ser diferente. Além da concentração, o computador também não vai poder faltar.

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