| São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 2012 |
Dos 8 aos 80
O adorável filme 'Hugo Cabret', que lidera a corrida pelo Oscar, diverte crianças e faz adultos deixarem escapar umas lágrimas
Fotos Divulgação |
SÉRGIO RIZZO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Cinema é "o sonho que todos sonhamos juntos", como disse certa vez o escritor e cineasta francês Jean Cocteau (1889-1963). Em outras palavras: todo filme mexe com a imaginação e a fantasia, mas alguns mexem mais. E melhor.
É o caso do adorável "A Invenção de Hugo Cabret", que mais recebeu indicações para o Oscar (concorre a 11 categorias, incluindo a de melhor produção, no principal prêmio do cinema, que será no dia 26).
Seu diretor, o norte-americano Martin Scorsese, 69, é um dos craques de sua geração. Até agora, só havia feito filmes para adultos, como "Taxi Driver" (1976) e "Os Infiltrados" (2006). Vamos combinar que "Hugo" também é para adultos. É baseado em um livro infantojuvenil, do norte-americano Brian Selznick. E será lançado nos cinemas do Brasil na sexta, dia 17, para atingir principalmente crianças e adolescentes (classificação livre). Mas quem disse que um filme não pode agradar a quase todas as idades?
Scorsese conta a história de um menino órfão, Hugo Cabret, que vive escondido em uma estação de trem de Paris, no início dos anos 1930. Filho de um relojoeiro, herdou do pai um autômato (um "homem mecânico"), mas não consegue fazer a máquina funcionar. Até conhecer o velhinho ranzinza que tem uma loja de brinquedos na estação, e a sobrinha dele, e...
Só vou contar que o tal velhinho é Georges Méliès, "pai" da fantasia no cinema (antes, filmes mostravam só cenas reais, e ele passou a filmar histórias inventadas). E vou contar que, enquanto crianças se divertirem com as aventuras de Hugo, adultos vão soltar umas lágrimas.
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