São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

figura

Paixão por acaso

Caio subiu ao palco pela primeira vez só para substituir um menino e não parou mais de dançar

Rafael Andrade/Folhapress
RAIO-X
Nome: Caio Rodrigo Antônio dos Santos Idade: 13 anos
Onde mora: Piraí (RJ)
Assunto: balé


ANNA CAROLINA MOTA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi por acaso que Caio Rodrigo dos Santos começou a fazer balé. O menino tinha seis anos quando a turma de bailarinas da escola onde sua mãe trabalhava precisou de um menino para dançar. Ele se deu tão bem que não parou mais.
"Eu era o único menino da turma", conta ele, que diz não ligar para os colegas dizendo que balé é coisa de menina.
Durante dois anos, Caio fez aulas em um projeto da prefeitura de sua cidade. Aos oito, começou a dançar na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, na capital. Hoje ele não é mais o único garoto da escola, mas continua sendo minoria: são cerca de 40 meninos e mais de 200 meninas.
Caio tem mais cinco anos de estrada pela frente até se tornar um profissional, mas já precisou tomar decisões como se fosse um deles.
Quando a mãe mudou de cidade, por exemplo, ele ficou morando com o avô para continuar dançando. Já se apresentou no espetáculo "Quebra-Nozes" e dançou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Hoje faz aula na Cia. de Dança Deborah Colker. Sua rotina é cansativa, mas ele acha que compensa. Admirador do bailarino Cícero Gomes, sonha em dançar "O Lago dos Cisnes".

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