São Paulo, sábado, 11 de agosto de 2012

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Na fábrica de brinquedos

'Folhinha' revela bastidores da produção de jogos e de bonecas na Estrela, que completou 75 anos, e na Grow, que fará 40 nesta quinta

MAURÍCIO KANNO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Conhecer uma fábrica de brinquedos é uma diversão. A "Folhinha" visitou a da Estrela, em Itapira (interior de São Paulo), e a da Grow, em São Bernardo do Campo (região do ABC).
A Estrela completou 75 anos em junho e a Grow fará 40 na próxima quinta. Nas fábricas das duas das maiores empresas de brinquedos do país, descobre-se detalhes curiosos, como o da Mônica Patinadora, que vai patinando entre um funcionário e outro, e o da esteira com pinos que giram para separar as peças dos quebra-cabeças. Na Grow, fabricante do jogo War, a parte mais importante é a gráfica.
Quatro impressoras fazem quebra-cabeças, tabuleiros, cartas e embalagens. Já na Estrela, a papelada é comprada de gráficas externas.
Nas duas fábricas, peças de plástico estão por toda parte -dados, casinhas do Banco Imobiliário, navios do Batalha Naval, soldados do Combate e batatas fritas do Puxa-Puxa Batatinha. Para produzi-las, tudo começa com grãos de plástico, que parecem arroz. Eles recebem banhos de tinta e são jogados, através de um funil, em um forno aquecido acima de 200 °C. Viram uma massa mole, empurrada para moldes, que dão forma aos brinquedos. Depois vem um banho de água fria para endurecer a peça. Tudo isso dura 20 segundos e acontece dentro de uma máquina.
Mas tem muito trabalho feito à mão. Organizar as peças na caixa do Banco Imobiliário é uma maratona com mais de 20 funcionários. Eles correm com tabuleiro, dados, cartas etc. para, em pouco mais de três minutos, fechar a embalagem. E, aí sim, elas seguem para as lojas.

JOGO DE TABULEIRO WAR

À MÁQUINA E À MÃO
Máquina imprime tabuleiros e cartas do War e operário monta caixas. Pecinhas dos exércitos são contadas com a ajuda de fôrma triangular.

DADO E MANUAL
Cada caixa é organizada manualmente para ser enviada às lojas.

BONECA MÔNICA PATINADORA

CABEÇA QUENTE
Um forno cozinha vinil, um tipo de plástico, em molde por oito minutos, a 240 °C, para fazer a cabeça da Mônica Patinadora. A máscara de metal ajuda a pintar cada parte sem borrar.

QUE PRESSA!
Enquanto é montada, ela vai patinando e cantando entre um operário e outro, o que já serve como teste. Pernas, tronco e partes internas vêm de fábricas da China.

MASSA DE MODELAR

COMO NA PADARIA
A massinha de modelar é feita em forno, como o de assar pão. A receita leva até farinha de trigo e é amassada por um operário antes de ser colocada nos potinhos.

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