São Paulo, sábado, 12 de maio de 2012

CAFUNÉ

Bolhas de sabão

CLARICE REICHSTUL
COLUNISTA DA FOLHA

Tenho uma certa fixação pelas bolhas de sabão. Não sei direito se é o fato de elas serem multicoloridas, redondas ou efêmeras. Tem algo de fascinante na maneira como se movem em direção ao céu infinito, nos dão uma sensação de liberdade total. Uma vez, fizemos para meu filho uma festa da bolha de sabão.
Até hoje não sabemos quem se divertiu mais, crianças ou pais. Arranjamos aros de todos os tamanhos para bolhas diferentes, tinha até um bambolê, que fazia um túnel de bolha em volta das crianças.
As bolhas duram mais em dias chuvosos e úmidos. Quanto mais seco o dia, mais rápido elas se vão. A parede da bolha é a água, que fica como num sanduíche entre duas camadinhas de sabão.
Enquanto o sabão conseguir segurar a água da evaporação, a bolha está a salvo. Assim que não der mais, ela estoura.
O primeiro livro de ciências para pessoas leigas, isso é, não especialistas no assunto, foi lançado em 1891.
A obra se chama "Soap Bubbles - Their Colours and the Forces Wich Mould Them" (bolhas de sabão - suas cores e as forças que as moldam) e seu autor, o físico inglês C.V. Boys, escolheu justamente as bolhinhas como mote para introduzir seus jovens leitores no mundo da experimentação científica, propondo várias experiências para serem feitas em casa, às vezes com a ajuda dos adultos.
As bolhas de sabão são muito mais do que brincadeira de criança.

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