São Paulo, sábado, 16 de fevereiro de 2013

CAFUNÉ

Uni-duni-tê

CLARICE REICHSTUL
COLUNISTA DA FOLHA

"Uni-duni-tê, salamê minguê, um sorvete colorê, o escolhido foi vo-cê...
Mãe, este lado aqui do meu cérebro queria dormir na casa do Pedrinho, e este outro lado aqui queria dormir na nossa casa. Eu fiz uni-duni-tê entre eles e o que queria dormir na nossa casa ganhou. Eu até tentei fazer o outro lado ganhar, mas não teve jeito, este aí teve mais sorte..."
E o pai do Benjamim toca correndo para a casa do Pedrinho, já no adiantado da hora, para trazê-lo de volta para a toca.
O bom do uni-duni-tê como método para escolher é que ele abraça um número de escolhas maior do que dois e um pouco menor do que seis, afinal, em 24 paradas, a brincadeira tem que rodar pelo menos quatro vezes entre as opções.
A outra coisa boa é que sempre dá para pesar a mão na sua opção favorita. Já repararam que todas as vezes que temos que escolher entre um monte de coisas -sabores de sorvete por exemplo- dá um "tilt" no cérebro e parece que não conseguimos escolher nadica de nada?
Pois é, o pior de tudo é que a gente vai crescendo e as escolhas vão aumentando, quase sem a gente perceber.
No final, nem uni-duni-tê dá conta do recado. Por isso, meus caros, quando aparecerem mil opções de escolha, não se enganem e apliquem o método do uni-duni-tê. Só escolham entre o que é possível caber nessa riminha que dá tudo certo!

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