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ciência
Por dentro da caverna
Folhinha aventura-se nessas misteriosas cavidades que já foram habitadas pelo
homem
CRISTIANE CAPUCHINHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O mundo das cavernas não mostra perigo para os espeleólogos (especialistas em
cavidades naturais). Esses estudiosos passam seus dias explorando áreas que têm
muito a ensinar sobre ciências e geografia.
A Folhinha visitou duas cavernas do Petar (Parque Estadual Turístico do Alto
Ribeira), em São Paulo, com Jurandir Aguiar dos Santos, 48, monitor, Jonas
Arruda dos Santos, 6, "experiente" explorador, e Giovanna Viana, 10, que nunca
tinha estado em uma.
A primeira coisa que surpreende é a falta de luz -e esse era o receio de
Giovanna. O escuro cria um ambiente completamente diferente, sem vegetação.
Por ser um lugar protegido, as cavernas são abrigos naturais tanto para homens
como para animais. Aranhas, escorpiões e morcegos parecem assustadores? Jonas
acha essa a parte mais divertida.
O ambiente tem pouco barulho: o ruído mais comum é o de gotas de água caindo.
São elas as responsáveis pelas formações que vemos na caverna.
Aos poucos, a imaginação começa a voar. Cada formação parece uma imagem. Aqui um
cavalo, ali uma mamadeira, diz Giovanna. "Olha, uma bailarina!"
Se antes a aventura era desafiar o medo do escuro, agora o interessante é
descobrir coisas em um mundo que não existe lá fora.
PARA QUEM TEM MEDO
Nem todos acham divertido entrar em cavernas. "O desconhecido pode gerar
desconforto", explica a psicóloga Heloísa Rogone. Se o medo for muito grande, o
melhor é "não entrar", diz ela. Também ajuda ficar perto de um adulto em quem
você confia.
Para visitar as cavernas, você deve usar tênis, calças, camiseta de manga
comprida, capacete e ter uma lanterna. Também é preciso ir com um monitor
A maior caverna do Brasil tem mais de 100 km
de extensão e fica no Estado da Bahia
Saiba mais sobre cavernas em www.folha.com/folhinha
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