| São Paulo, sábado, 26 de março de 2011 |
( ) Verdadeiro ou ( ) Falso?
No Dia da Mentira, conte as verdades dos truques usados pelos bichos para garantir a sobrevivência
BRUNO MOLINERO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
Quem nunca contou uma mentirinha na vida? Se você nunca fez isso, com certeza não é um grilo ou um polvo. É que esses e outros animais vivem em um eterno Dia da Mentira, que, entre nós, humanos, é comemorado em 1º de abril.
Isso porque, entre os bichos, sobrevive aquele que tem a maior capacidade de enganar o predador (animal que captura e come a presa). O leão, por exemplo, é um grande predador de zebras.
Os cientistas dão nomes diferentes para cada uma das "mentirinhas" dos bichos. Uma delas é a camuflagem: quando um animal se mistura ao ambiente para não virar o almoço de outro bicho.
Mas alguns animais preferem se mostrar em vez de se esconder. Os cientistas chamam isso de "mimetismo": quando um bicho parece outro bem diferente.
Conheça alguns truques animais
Bicho ou pau?
O bicho-pau é craque em camuflagem. Entre os galhos das árvores, ele parece tanto um graveto que fica difícil para o predador encontrá-lo.
Rei do disfarce
E quem pensa que o camaleão é o rei do disfarce não conhece o polvo. Ele consegue se camuflar na areia do fundo do mar e até imitar certos tipos de pedra.
Que meleca!
As lagartas de algumas espécies de borboleta são habilidosas em camuflagem. Durante o dia, elas ficam paradas e parecem cocô de passarinho. Eca!
Pura falsidade
O caso mais famoso de mimetismo é o da cobra falsa-coral. Ela anda por aí para todos pensarem que se trata da supervenenosa cobra-coral. Mas é só um blefe. A falsa-coral não tem veneno.
Perna curta
As esperanças, parecidas com grilos, sabem que mentira tem perna curta. Para enganar os predadores, elas imitam uma folha seca. Agora, se a farsa for descoberta, elas abrem as asas, que têm um par de manchas, e ficam parecendo uma coruja.
Medo de formiga
Algumas aranhas fazem um mimetismo esquisito. Embora muitos tenham medo de aranha, espécies pouco venenosas parecem formigas. Fazem isso porque poucos animais comem formigas, já que elas picam e andam em grupo.
Fontes: Felipe Toledo, professor do Instituto de Biologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas); Glauco Machado, professor do Instituto de Biociências da USP (Universidade de São Paulo).
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