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Área é carente do trabalho de divulgação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A maioria dos astrônomos, segundo Silvia Lorenz Martins, diretora do
Observatório do Valongo,
está na carreira acadêmica. Não é à toa, já que é necessário ter, sem trocadilhos, conhecimento universalizado da área.
"No caso da pesquisa, se
você não formar uma pessoa refinadamente, e isso
leva tempo, ela não vai para frente", diz o astrônomo
Enos Picazzio, da USP.
Mas para quem tem,
além da mente inquieta do
pesquisador, vontade de
dividir o conhecimento,
Picazzio avisa que o mercado está carente do trabalho de divulgação.
Prova viva é Daniel Rutkowski Soler, 21. Nem se
formou no curso de física
com habilitação em astronomia, na USP, e ele observa dia sim dia não as estrelas -no caso, as artificiais do planetário em que
ele trabalha- para o trabalho final do curso.
Talvez por ser um bebê
no colo da mãe quando o
famoso cometa Halley
passou pela Terra, em
1986, Daniel só se interessou pela área há poucos
anos, no colégio técnico,
quando leu uma porção de
livros sobre física.
Já no curso, resolveu no
terceiro ano fazer uma escala entre a casa, na zona
leste da cidade, e a faculdade, na zona oeste. Virou
voluntário do planetário
do Carmo e, em menos de
um ano, já integrava a
equipe técnica de Produção Científica como contratado. No ano passado,
foi transferido para o planetário do Ibirapuera.
"Trabalhar com o universo, por si só, é muito bacana. Aliar ao trabalho com o
público é estimulante", diz
Daniel, que pensa no mestrado na área de ensino.
(IT)
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