São Paulo, terça-feira, 01 de janeiro de 2008
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Área é carente do trabalho de divulgação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A maioria dos astrônomos, segundo Silvia Lorenz Martins, diretora do Observatório do Valongo, está na carreira acadêmica. Não é à toa, já que é necessário ter, sem trocadilhos, conhecimento universalizado da área.
"No caso da pesquisa, se você não formar uma pessoa refinadamente, e isso leva tempo, ela não vai para frente", diz o astrônomo Enos Picazzio, da USP.
Mas para quem tem, além da mente inquieta do pesquisador, vontade de dividir o conhecimento, Picazzio avisa que o mercado está carente do trabalho de divulgação.
Prova viva é Daniel Rutkowski Soler, 21. Nem se formou no curso de física com habilitação em astronomia, na USP, e ele observa dia sim dia não as estrelas -no caso, as artificiais do planetário em que ele trabalha- para o trabalho final do curso.
Talvez por ser um bebê no colo da mãe quando o famoso cometa Halley passou pela Terra, em 1986, Daniel só se interessou pela área há poucos anos, no colégio técnico, quando leu uma porção de livros sobre física.
Já no curso, resolveu no terceiro ano fazer uma escala entre a casa, na zona leste da cidade, e a faculdade, na zona oeste. Virou voluntário do planetário do Carmo e, em menos de um ano, já integrava a equipe técnica de Produção Científica como contratado. No ano passado, foi transferido para o planetário do Ibirapuera. "Trabalhar com o universo, por si só, é muito bacana. Aliar ao trabalho com o público é estimulante", diz Daniel, que pensa no mestrado na área de ensino. (IT)

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