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PERFIL
Direito da FGV faz até prova oral
Candidato tem de se aprofundar no conteúdo, que é diferente do das provas tradicionais
DA REPORTAGEM LOCAL
Para ingressar em direito, os
candidatos podem optar por
um vestibular tradicional ou
tentar uma prova diferente,
carregada de português, atualidades e até exame oral. As provas muito distintas selecionam
para cursos com atrativos bem
diferentes também.
Interessado apenas no curso
do largo São Francisco, da USP,
Diego de Souza Araújo, 19, vai
tentar a Fuvest pela terceira
vez com o ônus de ter de enfrentar todas as matérias. "Só
quero lá, além da tradição, os
professores são muito bons e
eu me apaixonei pelo prédio."
Já Lívia Costa Fonseca Lago,
19, tem de estudar filmes como
"Dogville" e obras de artistas
plásticos, além de visitar exposições, ler uma série de livros e
ter conhecimentos de matemática financeira. É que o vestibular de direito da FGV, onde pretende cursar a faculdade, é totalmente diferente. "Acho isso
bom, abre o horizonte, porque
também dá para aprender com
cinema", afirma.
Mas todo esse conteúdo,
muitas vezes incomum no ensino médio, é só na primeira fase.
A segunda etapa é um exame
oral, que vai medir a liderança,
a capacidade de trabalhar em
equipe, o poder de articulação
dos candidatos.
"Pensamos num curso mais
aprofundado em políticas públicas e privadas e na capacidade de elaborar soluções diferenciadas. Então, no vestibular,
há uma demanda menor de
conteúdo e uma avaliação mais
aprofundada da capacidade de
análise, de reflexão, de argumentação", aponta a coordenadora de graduação do direito da
FGV, Adriana Ancona de Faria.
Jocimar Archangelo, um dos
idealizadores da prova da Unicamp, trabalhou na criação da
prova da FGV e explica o porquê das mudanças: "Com um
curso único no vestibular, é diferente. Como o número de
candidatos é pequeno, é possível fazer uma prova diferenciada". Em sua opinião, a proposta
de vestibular do curso de direito da FGV dá seqüência à idéia
de vestibular da Unicamp. "Lá,
se começou trabalhando com a
capacidade de raciocínio lógico.
Aí, com a segunda fase, que é
oral, conseguimos avaliar capacidades que não são medidas
em prova escrita."
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