São Paulo, terça-feira, 01 de agosto de 2006
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PERFIL

Direito da FGV faz até prova oral

Candidato tem de se aprofundar no conteúdo, que é diferente do das provas tradicionais

DA REPORTAGEM LOCAL

Para ingressar em direito, os candidatos podem optar por um vestibular tradicional ou tentar uma prova diferente, carregada de português, atualidades e até exame oral. As provas muito distintas selecionam para cursos com atrativos bem diferentes também.
Interessado apenas no curso do largo São Francisco, da USP, Diego de Souza Araújo, 19, vai tentar a Fuvest pela terceira vez com o ônus de ter de enfrentar todas as matérias. "Só quero lá, além da tradição, os professores são muito bons e eu me apaixonei pelo prédio."
Já Lívia Costa Fonseca Lago, 19, tem de estudar filmes como "Dogville" e obras de artistas plásticos, além de visitar exposições, ler uma série de livros e ter conhecimentos de matemática financeira. É que o vestibular de direito da FGV, onde pretende cursar a faculdade, é totalmente diferente. "Acho isso bom, abre o horizonte, porque também dá para aprender com cinema", afirma.
Mas todo esse conteúdo, muitas vezes incomum no ensino médio, é só na primeira fase. A segunda etapa é um exame oral, que vai medir a liderança, a capacidade de trabalhar em equipe, o poder de articulação dos candidatos.
"Pensamos num curso mais aprofundado em políticas públicas e privadas e na capacidade de elaborar soluções diferenciadas. Então, no vestibular, há uma demanda menor de conteúdo e uma avaliação mais aprofundada da capacidade de análise, de reflexão, de argumentação", aponta a coordenadora de graduação do direito da FGV, Adriana Ancona de Faria.
Jocimar Archangelo, um dos idealizadores da prova da Unicamp, trabalhou na criação da prova da FGV e explica o porquê das mudanças: "Com um curso único no vestibular, é diferente. Como o número de candidatos é pequeno, é possível fazer uma prova diferenciada". Em sua opinião, a proposta de vestibular do curso de direito da FGV dá seqüência à idéia de vestibular da Unicamp. "Lá, se começou trabalhando com a capacidade de raciocínio lógico. Aí, com a segunda fase, que é oral, conseguimos avaliar capacidades que não são medidas em prova escrita."


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