da Reportagem Local

O conteúdo não é muito diferente nos principais vestibulares do país. Para José Atílio Vanin, vice-diretor da Fuvest, "as provas da USP, Unicamp e Unesp são muito parecidas, principalmente na parte dissertativa".
Vanin acha que a prova do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) é uma exceção, com"questões extremamente descritivas que exigem cálculo braçal". Suzana Zepka, coordenadora do vestibular do ITA, diz que "o mais importante é o raciocínio, por isso a prova é tão difícil".
O vestibular da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) se diferencia dos demais nas questões dissertativas. "Temos, além da redação, só três questões dissertativas agrupadas por área", explica Ana Zilocchi, coordenadora dos exames da PUC-SP. As questões, com enunciados longos, "ajudam o aluno a pensar", diz Ana.
A Fundação Getúlio Vargas procura selecionar candidatos que "tenham condições de ser executivos-administradores", diz Antônio Carlos Matos, coordenador da prova. Apesar de os candidatos reclamarem das provas de matemática e de inglês, Matos diz que "a prova de português já reprovou mais que qualquer outra".
A prova da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) é uma das poucas no país totalmente dissertativa. Para Maria Bernadete Abaurre, coordenadora da prova, "isso permite que conheçamos melhor os candidatos". A principal dificuldade está na compreensão dos enunciados. "A primeira fase avalia mais a habilidade do que o conteúdo. Na segunda fase cobra-se mais o conteúdo,usando situações contextualizadas", completa Maria.
A Unesp (Universidade Estadual Paulista) também prioriza questões discursivas. Fernando Prado, coordenador da prova, diz que o importante é "a capacidade de expressão, de transformar o conhecimento em uma boa resposta". Quanto ao conteúdo, ele acha "importante o candidato se posicionar diante dos temas, por isso a prova não foge do universo cultural dos candidatos". (FRS)


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