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Fazer letra legível é fundamental para permitir a compreensão da resposta
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em provas dissertativas como a da segunda fase da Fuvest,
além de encadear bem as idéias,
é preciso se preocupar em fazer
uma letra legível.
Segundo o coordenador do
vestibular da Fuvest, Roberto
Costa, a letra dos candidatos da
segunda fase costuma ser boa,
mas professores de cursinho
contam que já pegaram respostas de simulados que eram impossíveis de ser lidas.
"A prova não tem tradução.
Por isso anulamos questões
que não conseguimos ler e chamamos o aluno para conversar", diz Agostinho Marques
Filho, do cursinho Stockler.
Marques afirma que já pegou
respostas com linguagem cifrada, como a usada no MSN Messenger. "Insistimos que eles
não estão conversando com
amigos e lembramos que a norma culta é regra na Fuvest."
Segundo Raphael Zaremba,
professor do Departamento de
Psicologia da PUC do Rio de Janeiro, com o uso do computador, muitas pessoas passaram a
ver a escrita à mão como algo
chato. Numa pesquisa com jovens de 18 a 25 anos, Zaremba
constatou que eles consideravam escrever no computador
mais prazeroso porque a escrita digital é mais rápida e, portanto, parecida com a fala. O resultado disso, diz, são vestibulandos com cada vez mais dificuldade para escrever à mão.
"Talvez se pudessem fazer os
testes no computador, os resultados fossem melhores."
Rebecca Ortiz La Banca diz
que escreve à mão por causa do
cursinho, mas prefere o computador. Na hora dos simulados e provas, segue sugestões
dos professores com relação à
estética do texto. "Mudei até o
pingo da letra i. Antes fazia uma
bolinha, mas disseram que não
fica bom."
O vestibulando Gustavo
Kenji Tsuda também afirma
que só escreve à mão quando
está estudando.
"Minha letra não é muito bonita, mas dá para entender. Só
tomo cuidado porque sei que,
se o corretor não entender a
resposta, perco nota", diz.
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