São Paulo, quarta-feira, 02 de junho de 2010
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CAPA

Gestão de grandes empresas é o forte da administração da FGV

Assim como a graduação do Insper, o curso tirou nota máxima no Enade, avaliação do MEC

ANDRESSA TAFFAREL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As duas faculdades são bem avaliadas -tiraram nota máxima no IGC (Índice Geral de Cursos), do Ministério da Educação-, oferecem graduações de administração e economia reconhecidas pelo mercado e têm mensalidades que passam dos R$ 2.000. Com tantas coincidências, como escolher entre FGV-SP (Fundação Getulio Vargas) e Insper (antigo Ibmec-SP)? Entre as páginas 4 e 6, o Fovest apresenta as instituições, mostra as suas diferenças e dá opções de cursinhos com aulas específicas para os dois vestibulares.
Não é incomum encontrar famílias em que avós, filhos e até netos fizeram a graduação na FGV, escola que se tornou tradicional ao formar, ainda na década de 50, as primeiras turmas de administradores na América do Sul.
Criada em São Paulo em 1954, com a ajuda de empresários brasileiros e da Universidade de Michigan (EUA), a instituição pretendia oferecer mão de obra qualificada ao país, que vivia uma fase de intenso crescimento econômico.
Hoje a administração da FGV-SP está entre as melhores do país, assim como a do Insper -ambos os cursos têm nota 5 (máxima) no Enade, avaliação do Ministério da Educação.
Apesar de o curso permitir uma formação plural, um dos pontos fortes, segundo especialistas em educação consultados, é o ensino voltado para o gerenciamento de grandes empresas.
Formada pela FGV, Eliana Chumer, diretora e proprietária do pré-vestibular CPV, reforça a tese de que o curso é bem generalista. "Acho isso muito bom, pois tive um embasamento que me permite transitar por várias áreas."
Ela passou para administração em 1973, meio sem querer. Para acompanhar um amigo, fez a prova, foi aprovada (o amigo, não) e gostou da profissão.
Seu cursinho hoje tem turmas específicas para quem pretende fazer o vestibular da FGV e do Insper (veja opções de cursinhos abaixo).
Diferentemente de sua época, ela diz acreditar que os estudantes de hoje já escolhem a faculdade pensando no trabalho. "Eles têm mais informação, sabem o que esperar do Insper ou da FGV."
Com o reconhecimento da qualidade de seu curso de administração, em 2004 a FGV-SP criou a graduação em economia. Um dos destaques do currículo é a ênfase na realidade brasileira, segundo o coordenador do curso, Nelson Marconi.
Salas com no máximo 50 alunos também permitem um melhor acompanhamento pedagógico da graduação, diz ele. "Nosso curso demanda estudo, precisamos acompanhar o aluno de perto para que ele não perca tempo."
Apesar de poucas turmas terem se formado, Marconi destaca que a colocação no mercado é "de 100%".
Carlos Monteiro, consultor em ensino superior, reconhece a qualidade do curso, mas é mais cauteloso quanto à garantia de emprego. "É uma universidade excepcional, mas o estudante precisa ter consciência de que só isso não é garantia de sucesso."


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