Primeiros semestres são comuns aos alunos das duas graduações

Com formação forte na área financeira, faculdade oferece mais aulas de cálculo a seus estudantes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Foi pela reconhecida qualidade de sua pós-graduação que o Insper, na época Ibmec São Paulo, decidiu criar as graduações de administração e economia, em 1999.
A integração dos dois cursos é considerada pela universidade um de seus diferenciais. A escolha da graduação ocorre no vestibular, mas, até o 3º semestre, os futuros administradores e economistas assistem às mesmas aulas, na mesma sala.
Apenas nos três semestres seguintes é que as matérias mais específicas aparecem. O último ano é reservado às disciplinas eletivas, definidas conforme a área em que o aluno quer se especializar.
"A faculdade toda é muito focada na formação quantitativa. Tem muita aula de cálculo, por exemplo", diz Tadeu da Ponte, coordenador executivo do vestibular.
Foi por causa do MBA em finanças, mas também por essa formação quantitativa, que a universidade acabou ganhando a fama de ter cursos mais voltados para o setor financeiro.
É por isso, inclusive, que o consultor em educação Ryon Braga diz acreditar que Insper e FGV-SP não disputam os mesmos alunos.
"As duas [faculdades] concorrem para ter estudantes da mesma faixa de renda, da classe alta, com bons conhecimentos. Mas quem entra no Insper quer trabalhar com finanças, em bolsa de valores. Quem busca FGV quer formação para administrar uma empresa", afirma.
Ponte reconhece que a área financeira é o braço forte da instituição, mas defende que o "aluno sai completo" de lá.
Gerente de trade marketing da Unilever, Maury Mejlachowicz, 28, se diz um exemplo de graduado pelo Insper que deu certo fora do mercado financeiro.
Para ele, ter feito Insper "foi uma grande aposta", já que entrou na faculdade em 2000, quando nenhuma turma havia se formado. "Mas valeu muito a pena. Fui bem preparado para a realidade do mercado."

AMPLIAÇÃO
Em 2011, o Insper terá mais um prédio em sua sede, na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo). Com isso, poderá abrigar mais estudantes. (AT)


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