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(IN)DECISÃO
Pais devem ajudar, mas sem imposição
Escolha da carreira deve ser sempre do vestibulando
DA REPORTAGEM LOCAL
A carreira deve ser uma escolha do jovem, mas amigos, professores e, especialmente, a família podem ajudá-lo nesse caminho. "Os pais devem estar
disponíveis para o diálogo e auxiliar na procura de informações, mas não impor a sua vontade", recomenda Leo Fraiman, psicoterapeuta e mestre
em psicologia escolar pela USP.
Segundo ele, a influência dos
pais é maior do que a de outros
grupos, porque se dá ao longo
de anos. No entanto, ele diz que
é arriscado os pais opinarem
sobre profissões que não conhecem a fundo.
Cursos mais tradicionais dão
a idéia de estabilidade, mas
nem sempre garantem um futuro de sucesso. "Tem médico
que trabalha na rede pública e
ganha pouco; outros cobram
R$ 600 por consulta."
A segurança profissional é o
que preocupa a mãe de Amanda
Diaz Rossini, 19, que prestará
biologia. "Ela tem medo de que
eu não encontre trabalho nessa
área", conta a garota.
Gabriel Asencio Figueiredo,
19, por sua vez, conta que sempre quis ser médico. Falou tanto nisso que convenceu seus
pais e professores. Quando quis
mudar de idéia e estudar publicidade, sentiu a pressão. "Diziam que eu não devia desistir
nem ter medo de não passar no
vestibular." Gabriel, então, seguiu firme: fez os processos seletivos e foi aprovado em medicina na Unicamp e na PUC-SP.
Mas não se matriculou.
"O que eu queria era publicidade. Prestei para medicina para provar que conseguiria passar. Agora, vou me matricular
em publicidade." Mesmo assim, ele vê o lado positivo da experiência: "Foi bom porque
acabei me dedicando muito aos
estudos, o que me deixou mais
confiante".
(FC)
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