São Paulo, terça-feira, 02 de setembro de 2008
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(IN)DECISÃO

Pais devem ajudar, mas sem imposição

Escolha da carreira deve ser sempre do vestibulando

DA REPORTAGEM LOCAL

A carreira deve ser uma escolha do jovem, mas amigos, professores e, especialmente, a família podem ajudá-lo nesse caminho. "Os pais devem estar disponíveis para o diálogo e auxiliar na procura de informações, mas não impor a sua vontade", recomenda Leo Fraiman, psicoterapeuta e mestre em psicologia escolar pela USP.
Segundo ele, a influência dos pais é maior do que a de outros grupos, porque se dá ao longo de anos. No entanto, ele diz que é arriscado os pais opinarem sobre profissões que não conhecem a fundo.
Cursos mais tradicionais dão a idéia de estabilidade, mas nem sempre garantem um futuro de sucesso. "Tem médico que trabalha na rede pública e ganha pouco; outros cobram R$ 600 por consulta."
A segurança profissional é o que preocupa a mãe de Amanda Diaz Rossini, 19, que prestará biologia. "Ela tem medo de que eu não encontre trabalho nessa área", conta a garota.
Gabriel Asencio Figueiredo, 19, por sua vez, conta que sempre quis ser médico. Falou tanto nisso que convenceu seus pais e professores. Quando quis mudar de idéia e estudar publicidade, sentiu a pressão. "Diziam que eu não devia desistir nem ter medo de não passar no vestibular." Gabriel, então, seguiu firme: fez os processos seletivos e foi aprovado em medicina na Unicamp e na PUC-SP. Mas não se matriculou.
"O que eu queria era publicidade. Prestei para medicina para provar que conseguiria passar. Agora, vou me matricular em publicidade." Mesmo assim, ele vê o lado positivo da experiência: "Foi bom porque acabei me dedicando muito aos estudos, o que me deixou mais confiante".
(FC)



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