São Paulo, terça-feira, 03 de julho de 2007
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FÉRIAS

Bom descanso ajuda a render mais

Estudante que está em dia com matérias deve aproveitar o período para recarregar energia

FERNANDA CALGARO
DA REPORTAGEM LOCAL

Nem sempre férias significam descanso, diversão e viagens. Para os vestibulandos, em geral representam um período de dúvidas: como equilibrar o ócio e os estudos? Como relaxar sem ficar com peso na consciência? Na verdade, a medida apropriada varia para cada estudante conforme a sua dedicação até o momento.
"Tem aluno que desde o início do ano mantém a matéria em dia estudando em casa o que foi dado em sala de aula. Esses podem pegar mais leve nas férias", diz Geraldo Akio Murakami, coordenador pedagógico do CPV Vestibulares.
"O outro perfil é o do estudante menos disciplinado, que não fez os exercícios em casa e então precisará correr atrás do prejuízo para que inicie o segundo semestre sem dúvidas em relação aos tópicos já passados", ressalta.
Para esses vestibulandos Murakami recomenda que tentem acertar a programação logo na primeira semana de férias. "Não adianta deixar para a última semana. É utopia achar que vão conseguir terminar as férias estudando."
Para Carlos Eduardo Bindi, coordenador do Etapa, o ritmo de estudo vai depender da meta que o aluno estabeleceu para si.
"Se escolheu uma carreira muito concorrida, ele deve ter noção do esforço e do tempo de que precisará para dedicar aos estudos", afirma Bindi. "Não é possível recuperar a matéria de um semestre em um mês. As férias podem servir como um complemento para a preparação, mas não irão substituir o tempo perdido."

Descanso sagrado
O momento de descanso, no entanto, deve haver em todos os casos. "Ninguém produz o tempo todo. Não adianta querer passar o mês inteiro estudando. Chega uma hora em que o aproveitamento cai", explica a orientadora profissional Maria Ana Marabita, mestre na área pela Unicamp.
O coordenador pedagógico do cursinho CPV compara a fase da aprendizagem com a curva de um gráfico: o rendimento do estudo sobe até determinado momento, quando atinge o seu máximo, e depois apresenta uma queda.
"É importante que esse máximo coincida com a época dos vestibulares. Se o aluno antecipar a curva, ele poderá alcançar o seu máximo antes e depois render menos por causa do cansaço", explica Murakami.
"Aquele que tiver descansado conseguirá passar pela "outubrite" sem estresse", diz, referindo-se ao mês de outubro, véspera do início dos principais vestibulares, quando a ansiedade aumenta entre os alunos.
Além disso, apesar de o segundo semestre ser mais curto por causa da revisão que começa em novembro, dois terços do conteúdo do que é importante para o vestibular são dados nessa época. Portanto, é fundamental que o estudante esteja com a cabeça fresca para poder tirar o melhor proveito, recomendam os especialistas.
Mariana Hool Bajerl, 19, que tenta uma vaga em medicina, vai seguir a orientação do cursinho: irá estudar na primeira semana e descansar nas duas outras seguintes. "Ainda não tenho nada programado, mas pretendo recuperar a energia."


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