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FÉRIAS
Bom descanso ajuda a render mais
Estudante que está em dia com matérias deve aproveitar o período para recarregar energia
FERNANDA CALGARO
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem sempre férias significam descanso, diversão e viagens. Para os vestibulandos, em
geral representam um período
de dúvidas: como equilibrar o
ócio e os estudos? Como relaxar sem ficar com peso na consciência? Na verdade, a medida
apropriada varia para cada estudante conforme a sua dedicação até o momento.
"Tem aluno que desde o início do ano mantém a matéria
em dia estudando em casa o
que foi dado em sala de aula.
Esses podem pegar mais leve
nas férias", diz Geraldo Akio
Murakami, coordenador pedagógico do CPV Vestibulares.
"O outro perfil é o do estudante menos disciplinado, que
não fez os exercícios em casa e
então precisará correr atrás do
prejuízo para que inicie o segundo semestre sem dúvidas
em relação aos tópicos já passados", ressalta.
Para esses vestibulandos
Murakami recomenda que tentem acertar a programação logo na primeira semana de férias. "Não adianta deixar para a
última semana. É utopia achar
que vão conseguir terminar as
férias estudando."
Para Carlos Eduardo Bindi,
coordenador do Etapa, o ritmo
de estudo vai depender da meta
que o aluno estabeleceu para si.
"Se escolheu uma carreira
muito concorrida, ele deve ter
noção do esforço e do tempo de
que precisará para dedicar aos
estudos", afirma Bindi. "Não é
possível recuperar a matéria de
um semestre em um mês. As férias podem servir como um
complemento para a preparação, mas não irão substituir o
tempo perdido."
Descanso sagrado
O momento de descanso, no
entanto, deve haver em todos
os casos. "Ninguém produz o
tempo todo. Não adianta querer passar o mês inteiro estudando. Chega uma hora em que
o aproveitamento cai", explica
a orientadora profissional Maria Ana Marabita, mestre na
área pela Unicamp.
O coordenador pedagógico
do cursinho CPV compara a fase da aprendizagem com a curva de um gráfico: o rendimento
do estudo sobe até determinado momento, quando atinge o
seu máximo, e depois apresenta uma queda.
"É importante que esse máximo coincida com a época dos
vestibulares. Se o aluno antecipar a curva, ele poderá alcançar
o seu máximo antes e depois
render menos por causa do
cansaço", explica Murakami.
"Aquele que tiver descansado conseguirá passar pela "outubrite" sem estresse", diz, referindo-se ao mês de outubro,
véspera do início dos principais
vestibulares, quando a ansiedade aumenta entre os alunos.
Além disso, apesar de o segundo semestre ser mais curto
por causa da revisão que começa em novembro, dois terços do
conteúdo do que é importante
para o vestibular são dados nessa época. Portanto, é fundamental que o estudante esteja
com a cabeça fresca para poder
tirar o melhor proveito, recomendam os especialistas.
Mariana Hool Bajerl, 19, que
tenta uma vaga em medicina,
vai seguir a orientação do cursinho: irá estudar na primeira semana e descansar nas duas outras seguintes. "Ainda não tenho nada programado, mas
pretendo recuperar a energia."
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