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FORA DE SP
Unemat reforça cultura regional
Universidade do Estado de Mato Grosso oferece cursos específicos para índios e sem-terra
ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO
Quem ouve falar pela primeira vez da Unemat (estadual de MT) pode pensar que
se trata de uma universidade
comum, com vários campi
espalhados pelo Estado e
cursos tradicionais, como o
de direito, entre os mais concorridos em seu vestibular.
Mas a instituição traz em
seu currículo pelo menos um
diferencial: atender indígenas e moradores de assentamentos sem-terra, população com presença marcante
em Mato Grosso.
Os cursos oferecidos a esses públicos são exclusivos,
ou seja, não são vagas reservadas em todas as graduações, como acontece em outras universidades do país.
Nesses casos, a proposta
da Unemat é sanar demandas temporárias. Por isso, cada turma formada pode ser
de um curso diferente.
"No caso dos indígenas, já
formamos 300 professores
do ensino médio. Agora, percebemos que estão faltando
professores para a alfabetização", explica Ana Maria Di
Renzo, pró-reitora de ensino
de graduação.
Para os assentados, a universidade criou um curso de
agronomia, mas com algumas especialidades.
"Ano que vem, queremos
abrir um novo edital, mas para alfabetização no campo",
diz a pró-reitora.
Todos os cursos possuem
metodologia específica, diferente dos cursos tradicionais.
"Nossa ideia, por exemplo,
não é urbanizar os índios.
Queremos que eles voltem
para as aldeias", afirma o reitor, Adriano Silva.
VESTIBULAR
As inscrições para o vestibular 2011 terminam nesta
sexta. A ficha pode ser preenchida pelo site www.unemat.br/vestibular.
O exame acontece nos dias
19 e 20 de dezembro e terá 90
questões de múltipla escolha, divididas entre os conteúdos do ensino médio.
A seleção de indígenas e
assentados é feita separadamente, em edital específico.
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