São Paulo, terça-feira, 04 de agosto de 2009
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NOVO ENEM

Veja como algumas particulares usarão exame

FMU diz que nota da prova de 2009 será obrigatória para seleção


DANIELA MERCIER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Além de ser uma porta de entrada em universidades federais, o Enem também vai servir como parte da nota em vestibulares de faculdades estaduais e privadas. De 17 instituições consultadas pela Folha, 13 devem incorporar o exame em seu processo seletivo. A maioria delas não vai alterar a forma de utilização do Enem em relação aos anos anteriores.
A principal mudança será na FMU, que usará o novo Enem como etapa obrigatória para o seu processo seletivo já no final deste ano. O modo como isso será feito ainda está em discussão, mas a proposta é usar o exame como prova de conhecimentos gerais e complementá-lo com um teste aplicado pela faculdade, com questões específicas para cada área.
"A ideia é aproveitar o exame unificado para fazermos uma prova por área mais consistente", afirma o vice-reitor da FMU, Arthur Sperandéo. Segundo ele, as notas de corte e os critérios de pontuação ainda serão definidos, mas já se sabe que o exame do MEC terá aproveitamento obrigatório: para participar do processo seletivo, o candidato deverá ter prestado o Enem deste ano.
Nos outros casos, a adesão ao exame é opcional -e a nota só é usada se beneficiar o aluno. Na Unip, na Anhembi Morumbi e na Anhanguera, candidatos que apresentarem o resultado do Enem podem ser dispensados do processo seletivo.
Já a Metodista, o Mackenzie, o Centro Universitário da FEI e a Cásper Líbero consideram parcialmente a nota do exame no cálculo do resultado final.
As PUCs de São Paulo e de Campinas também decidiram aproveitar o exame nacional em seus vestibulares, mas ainda não definiram quais serão as regras para isso.
Na prática, o uso das notas do Enem pelas instituições com o mesmo critério de anos anteriores não será tão simples. Em vez da pontuação convencional, o novo modelo terá uma escala, provavelmente de 100 a 500, que indicará o grau de conhecimento do aluno em relação às áreas avaliadas.
Para resolver o problema, o Inep (órgão do MEC responsável pelo novo Enem) vai criar uma espécie de tabela de conversão. Nela, será possível saber que 400 no Enem equivale a 80% de aproveitamento (ou uma nota 8), por exemplo.
Outro problema são as datas para divulgação dos resultados. Como o MEC só irá lançar a nota das redações em janeiro, a maioria das faculdades vai considerar só a prova objetiva.
Quatro das faculdades consultadas mantêm apenas os processos seletivos próprios: ESPM, Faap, FGV-SP e Insper (ex-Ibmec-SP). Segundo o coordenador-executivo do vestibular do Insper, Tadeu da Ponte, a instituição pretende incorporar o Enem em 2010 -uma das propostas é transformá-lo em primeira fase.


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