São Paulo, terça-feira, 04 de setembro de 2007
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"Aluno deve poder montar seu currículo"

DA REPORTAGEM LOCAL

A universidade brasileira deve buscar novas maneiras de pensar o seu modo de ensinar, na opinião de Fernando José de Almeida, professor do programa de pós-graduação de educação em currículo, da PUC-SP.
"A idéia de que o aluno construa o seu próprio currículo com a ajuda de um tutor faz parte da proposta da Declaração de Bolonha. E acho que é isso que a universidade brasileira terá de fazer para acompanhar o que acontece na atualidade."
Ao mesmo tempo em que ressalta a importância da interdisciplinariedade, ele afirma que a universidade não pode escapar do seu caráter disciplinar. "Há cursos que podem ser ensinados com um ciclo básico, mas que, em algum momento, terão de ter matérias específicas."
No campus Baixada Santista da Unifesp, não há disciplinas, mas eixos e módulos temáticos. "Isso proporciona que o profissional conheça o que faz o outro", diz Nildo Alves Batista, diretor acadêmico.
Na USP Leste, o ciclo básico dura um ano e as classes são formadas por alunos de até cinco cursos diferentes. "O currículo é conectado à realidade e os estudantes fazem projetos na comunidade", afirma Ulisses Araújo, vice-coordenador do ciclo básico.
Na UFABC, todos os vestibulandos ingressam no mesmo curso, o de bacharelado em ciência e tecnologia, que dura três anos. "Depois, o aluno pode escolher que rumo irá dar a sua formação", explica Adelaide Faljoni-Alário, vice-reitora. (FC)


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