São Paulo, terça-feira, 04 de setembro de 2007
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Servir com rapidez e perfeição é desafio, diz Alex Atala

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A trajetória do chef cujo restaurante figura entre os 50 melhores do mundo começou por acaso. "Comecei a cozinhar no fim dos anos 80. Fui morar fora [na Bélgica] e, para conseguir dinheiro e um visto de permanência, fui fazer escola de cozinha. Era considerado um subemprego, não tinha glamour nenhum", lembra Alex Atala, 39, chef do restaurante D.O.M.
Depois que a necessidade de trabalhar virou uma paixão, Atala voltou para o Brasil e trabalhou em três restaurantes, até abrir o seu próprio, em 1999. Hoje, tem até um programa na televisão, o "Mesa para Dois", no GNT.
"A carreira é muito promissora. Você viaja o mundo inteiro, pode trabalhar em diversos locais", diz. "Mas há uma pressão muito grande. O mercado é competitivo, não depende só da formação, mas de contatos. E há a pressão de servir com rapidez e perfeição. E tudo que a gente aprendeu ao longo da vida é que a pressa é inimiga da perfeição", pontua o chef.
Atualmente, o D.O.M. tem uma equipe formada por 80% de ex-estagiários -a fila de espera para o estágio não-remunerado chega a durar dois anos.

Toque feminino
Para Carla Pernambuco e Carolina Brandão, que pilotam juntas os fogões do restaurante Carlota, o desafio da carreira de chef é driblar obstáculos para mostrar talento.
"É uma profissão como qualquer outra, em que se trabalha duríssimo, incluindo finais de semana e feriados. A fama, como em todas as carreiras, é decorrente de muito trabalho e talento. Ou seja, é uma conseqüência", diz Carolina.
Para os iniciantes na profissão, a dupla dá a seguinte dica: "Escolham bem, se informem e saibam o que vem pela frente. Estejam dispostos ao desafio".


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