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CARREIRA
Curso de cinema foca em repertório cultural e prática
Crescimento da indústria aumentou a demanda por profissionais
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
"O Pagador de Promessas"
foi o primeiro filme brasileiro
indicado ao Oscar, em 1962.
Depois disso, vieram outros,
como "O Beijo da Mulher Aranha", "Central do Brasil" e,
atualmente, "Última Parada,
174". Nenhum levou a estatueta, mas todos ajudaram a elevar
a importância do cinema brasileiro no cenário mundial.
Com o crescimento da indústria cinematográfica, aumentou também a necessidade de
profissionais e, conseqüentemente, o número de cursos na
área. Atualmente, há 28 cursos
de cinema e 45 de audiovisual
no país, segundo o Ministério
da Educação.
O trabalho do cineasta envolve todas as áreas da produção
de um filme. É dele a opinião final sobre cada parte da produção. Se ele acha que um figurino
não está bom, lá vai trabalho
para o figurinista, porque é ele
quem terá de buscar outra roupa para o personagem.
Entre os cursos que surgiram
recentemente, está o da
Anhembi Morumbi. Com quatro anos, ele é dividido em duas
partes. Os dois primeiros anos
são focados em roteiro, e os
dois últimos, em produção cinematográfica. "O curso forma
o profissional que pode atuar
em direção, montagem, edição
de som, roteiro... Ele aprende
todas as etapas da produção de
um filme", diz a coordenadora,
Silvia Helena Cardoso.
O curso do Senac também é
recente. Formará a primeira
turma de audiovisual -curso
que dá formação mais ampla
que o de cinema- no ano que
vem. "Alguns alunos já trabalham, mas eles podem também
montar o portfólio com os trabalhos da faculdade", afirma
Ana Gianasi, docente do curso.
Para promover o seu curso,
que tem três anos, e mostrar
como é a área, o Senac organiza, nos dias 17 e 18, o "Fórum de
Produção de Cinema" (inscrições pelo 0/xx/11/5682-7300
ou no site www.sp.senac.br/forumdecinema).
Na Faap, o curso tem mais de
50 anos, mas passa sempre por
atualizações. "Nossos laboratórios são sempre os mais novos,
para que o aluno saia daqui sabendo com o que se trabalha no
mercado", afirma Eliseu Lopes
Filho, vice-coordenador.
Como na Anhembi, na Faap a
graduação é dividida em dois
blocos. Um é o de humanidades, com disciplinas como sociologia e teoria da comunicação, e o outro é o núcleo especializado, em que os alunos
aprendem a parte prática de direção de arte, foto, som e animação. "Humanidades é essencial para que o aluno tenha um
repertório cultural", diz Lopes.
Segundo ele, é difícil dizer
quanto ganha um cineasta recém-formado. "Depende muito
do orçamento de cada obra",
diz. Lopes afirma que, em média, um principiante ganha de
R$ 600 a R$ 1.000 por semana.
"O mercado está numa fase
boa, a empregabilidade é alta."
Ricky Mastro, 30, se forma
neste ano em cinema na Faap.
Dirigiu cinco filmes durante o
curso e participou de festivais,
como o Mix Brasil. Ricky fez artes cênicas em Washington,
mas quis conhecer outra área.
"Com a faculdade de cinema,
posso aumentar as minhas possibilidades." Sobre o glamour
que ronda o cinema, Ricky adverte: "Glamour é no dia da estréia. Cinema é muito mais planejamento e organização".
Cinema
A faculdade de cinema prepara o
aluno para trabalhar com cinema.
Audiovisual
Com o curso de audiovisual, o
formado pode, além de trabalhar no cinema, atuar em TV, internet e outras mídias
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