FABIO GIORDANO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O corredor ecológico é uma espécie de linha imaginária criada em torno de regiões ameaçadas pelo homem, com regras específicas de gestão. Nesses locais, há critérios para a ocupação que proíbem os desmatamentos e a destruição de mananciais. Nas cidades, a população participa da preservação por meio de programas de educação ambiental.
O conceito de preservação não se restringe mais apenas a áreas específicas. A escolha da localização de um corredor deve ser feita entre duas "hot spots" (áreas críticas de risco). A proposta de um corredor é permitir que espécies de aves e de animais circulem livremente e sem riscos. Sendo assim, formam-se corredores de biodiversidade.
No Brasil, existem 14 corredores para a proteção dos principais ecossistemas nacionais. Os de maior destaque são os que estão sendo implantados em áreas reconhecidas como patrimônio natural: como o Corredor da Serra do Mar (nos Estados de São Paulo, do Rio e de parte de Minas Gerais); Corredor Central da Mata Atlântica (Bahia e Espírito Santo); Central da Amazônia e Corredor do Amapá (com uma área maior do que a de Portugal).
As áreas de cerrado também devem ser protegidas por corredores como Araguaia/Bananal (10 milhões de hectares), Cerrado/ Pantanal (1 milhão de hectares) e a Chapada dos Veadeiros/Jalapão (ainda em estudo). O cerrado está entre as 25 áreas mais ameaçadas do planeta, sendo a savana a mais rica em quantidade de espécies do mundo, ocupando grande parte de território do Brasil.
Pretende-se, com os corredores, interligar nossas Unidades de Conservação -porções do território brasileiro especialmente protegidas por lei, como a mata atlântica, a floresta amazônica, o sertão nordestino e o pantanal, inclusive em trechos que estejam em terras particulares.