São Paulo, terça-feira, 05 de setembro de 2006
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BASE MILITAR

Vestibulares de IME e ITA ignoram humanas

Exames são conhecidos pela complexidade das questões

DA REPORTAGEM LOCAL

"Nossos alunos estudam, em média, 16 horas por dia. Há aulas de segunda a sábado. Aos domingos, realizamos simulados." Esta é a rotina dos candidatos a uma vaga no ITA ou no IME, descrita pelo professor Marcelo Pelisson, coordenador da "turma ITA" do cursinho Poliedro.
No ITA, o processo seletivo se dá em quatro dias, cada um com uma prova de quatro horas de duração. Os exames são de matemática, física, química, português e inglês, sendo que só as provas de exatas contêm perguntas dissertativas.
No IME, são as mesmas matérias, dividas em cinco dias, um com questões objetivas das três disciplinas de exatas e os outros quatro com perguntas dissertativas de cada uma das áreas abordadas (português e inglês são no mesmo dia). Além disso, há um exame de inspeção de saúde e outro de aptidão física, ambos de caráter eliminatório.
Os exames são tidos entre os mais difíceis do país. "Eles não têm a interdisciplinaridade que as questões da Fuvest possuem, mas o nível é mais alto. No ITA, as questões objetivas e discursivas têm o grau de dificuldade das da segunda fase da Fuvest, com a diferença que os candidatos são mais bem preparados", analisa o professor.
Já para Luiz Erasmo Kotsugai Moreira, aluno do terceiro ano do ITA e definido por Pelisson como "brilhante", "é consenso que a prova de física é a mais difícil".
Moreira conta como era sua rotina de estudos no ano em que se preparou para entrar no ITA: "Eu me dedicava bastante. Raramente faltava, fazia todas as tarefas e as revisões. Assistia às aulas das 13h até a noite. Chegava em casa perto das 21h. Acordava às 8h e começava a estudar."



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