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      São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003
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Candidato deve providenciar com antecedência o histórico escolar, que é exigido na inscrição

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de ter tido seu pedido de isenção da taxa do vestibular aceito pela Fuvest, em 2001, Cristiane Alves Quirino, 18, acabou perdendo o benefício porque não conseguiu retirar a ficha de inscrição, já que a sua escola não havia emitido o documento a tempo. "Naquele ano, foi um aperto para minha família ter de pagar a taxa."
Para evitar essa situação, quem pretende pedir a isenção da taxa deve se apressar para ter esse documento, no máximo, até o dia 21 de setembro, quando será encerrado o prazo para retirar a ficha de inscrição gratuita.
Foi o que Cristiane Quirino fez no ano passado ao cobrar com antecedência o documento. "Liguei algumas vezes para a escola e certifiquei-me de que o processo estava andando." Hoje a estudante cursa o primeiro ano de letras.
Ela diz que se manteve informada sobre o processo de isenção de taxa no cursinho onde estudava e por meio de jornais. Na opinião dela, a inscrição para o vestibular é a primeira preocupação financeira entre muitas das que os estudantes de baixa renda terão de enfrentar durante a graduação.
A aluna recomenda que os candidatos se preparem desde já para futuros gastos na universidade. Ela, por exemplo, gasta atualmente R$ 100 por mês de transporte, R$ 50 de alimentação e R$ 50 com material de estudos. "Quando entrei, tentei me informar sobre todos os tipos de bolsa."
Única fonte de renda da família e com um ganho mensal de R$ 300, Ariane Couto Costa, 18, diz que, se não conseguir a isenção da taxa de inscrição neste ano, não poderá fazer as provas do vestibular. Ela, que hoje estuda no cursinho popular do Crusp, quer ingressar no curso de letras da USP.
Em 2002, a estudante conseguiu ser beneficiada pela isenção, mas não passou nos exames. Segundo ela, o processo de requerimento foi simples -desde a retirada do formulário até a chamada dos estudantes (neste ano, o procedimento será diferente e será preciso checar a lista a ser divulgada).
Amanda Finamore, 20, também vai solicitar o benefício concedido pela Fuvest. Caso não consiga a isenção, ela vai tentar uma alternativa: com seus colegas de cursinho, vai pedir uma contribuição a motoristas de carros nas ruas de São Paulo. No ano passado, segundo a vestibulanda, o grupo de amigos conseguiu uma quantia em dinheiro suficiente para inscrever 15 candidatos no vestibular da Fuvest.


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